sábado, 6 de novembro de 2010

Encontros indesejados.

Eu tinha prometido não falar mais nada sobre o ocorrido do dia 02 de novembro, muito menos da dor que eu estou sentindo e muito muito menos do dito cujo do pai da Sofia, mas eu preciso falar!
Hoje mais cedo, voltando do mercado, eu, minha mãe e Ingrid, esbarramos com um senhor que eu nunca vi mais gordo e ele nos párou perguntando a minha mãe: '' E o nervosinho, está mais calmo?'' Ele estava se referindo ao pai da Sofia, por tudo o que aconteceu, no mínimo ou ficou sabendo pela rua ou estava na rua no presente momento. Enfim, vou descrever a fala dele:
'' Pois é, porque ele estava muito nervoso, é por isso que acontecem coisas e amanhã mais tarde não sabe o porquê. Poxa, se a mãe dele aceitou, o pai, o avô, ele não quer aceitar? Ele tem que assumir o filho que fez! ''
Bem, para mim deu até aí, ele ainda continuou falando algumas coisas sobre a minha vida com a minha mãe.
Ponto 1 - Ou ele é um completo sem noção ou realmente não reparou que eu era EU, A grávida.
Ponto 2 - Na frente da grávida, falando da vida dela e ainda, supondo um motivo o qual é irreal.
De forma automática, a minha tonteira veio na hora, vontade de vomitar, um mau estar e pronto - Meu dia realmente acabou. Entrei, fechei a porta do quarto e junto as minhas lágrimas, não de vergonha, mas tudo se passou na minha cabeça a começar por não ter sido poupada desse tipo de comentário depois de tudo que passei nessa semana, depois por achar que eu serei condenada o resto da vida por uma escolha, depois pela minha mãe não ter tido a menor sensibilidade e dar um sutil ''tchau'' ao gentil senhor.
Chorei mais um bocado, está me custando reunir meus cacos e recomeçar. O julgamento alheio é inevitável, não é esse julgo que me dói é o meu próprio julgamento e os meus medos. Realmente estou no meu limite do stress, fico me sentindo culpada por estar proporcionando isso a Sofia e tem horas que quero simplesmente FUGIR - o que não é válido.
Já pensei em ir embora pra Bahia, a minha mãe não está tendo muitas condições emocionais de me ajudar, é meio óbvio inclusive, afinal é mãe, né? Não estou criticando a atuação dela, mas no momento tudo que mais preciso é de apoio emocional e em casa eu realmente não encontro em alguns momentos, o que torna mais dolorosa ainda a minha situação.
Eu só quero que passe, só isso. Que eu possa me reconstruír, que a Sofia chegue na hora certinha e que Deus nos mostre o melhor caminho. A tempestade há de passar.


2 comentários:

  1. Sei como é difícil, mesmo sem problemas desse tipo eu sou obrigada a enfrentar muita coisa parecida.

    Primeiro que "minhas amigas" se afastaram, agora eu sou A MÃE. Sei que seu problema nem se compara com os meus, mas tente ABSTRAIR oq essas pessoas falam. Quando vc ver SOfia não vaiter dúvidas que tudo valeu a pena.

    Eu passei a minha gravidez inteira chorando e me arrependo muito por isso. Até hoje converso com a Ana Clara pedindo desculpas.

    Esse amor de mãe não tem fim...seus cacos vão estar perfeitos daqui a pouco. E saiba que quando os cacos forem remontados, vc será outra, os cacos não vão para o mesmo lugar...eles se firmam de uma maneira que a gente fica mais forte.

    Bjs

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  2. Minha querida, não sabe como eu lamento estas situações que tem acontecido a vc. Saiba que pode contar comigo para o que precisar. Vou tentar dar uma passadinha aí no próximo sábado e no feriadão, vamos fazer alguma coisa juntas? De repente praia, não sei. Quero te ajudar a te distrair!!! Bjinhus

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