sexta-feira, 19 de novembro de 2010

E a gente se engana...

Estou em frente a um mundo totalmente desconhecido, primeiro pelo simples fato de ter me tornado mãe, mas sinceramente, o desconhecido da maternidade me assusta menos, do que o desconhecido de como eu terei que lidar o resto da minha vida com os desencontros que ela mesma nos oferece.
Eu me enganei mais uma vez. Coração é bobo, sentimento é fiél e a gente deixa se levar pelos dois. Dei bobeira, me fragilizei mais uma vez, mas também pudera, estou sensível e insegura de como serão as coisas principalmente após a vinda da Sofia.
Sonhei tudo tão diferente para mim, tudo. Não digo a respeito da pessoa Vitor, mas eu sonhei uma outra ordem para a minha vida, ok, não me arrependo de nada, mas preferia não começar a criar um filho meu, assim, tendo que ainda lidar com esses desencontros que mencionei anteriormente que a própria vida nos proporciona.
Preciso ser forte, mais ainda do que já estou sendo. Preciso ser grata aos que me rodeiam, grata inclusive por ele existir na minha vida, mas descobri que gosto mais dele quando ele está assim, distante e por mais que a gente tente conversar, entender, perdoar, tem MUITA coisa para ser mudada, MUITA.
Um dos ensinamentos messiânicos, é justo isso. Antes de querer a mudança nos outros, repare que a principal mudança tem que ser em você, em seu interior. E eu busco o que devo mudar, lembro do quanto fui companheira, amiga, fiél, amável, sincera, verdadeira, e por aí vai, tá, mas então o que EU, JULIANA, devo mudar com relação a essa situação toda?
Sinceramente? Eu ainda não sei a resposta! Sei bem o que quero ser como mãe, como mãe da Sofia, como Juliana por Juliana, mas e Juliana e Vitor? E Juliana mãe, Vitor pai?
Mais uma vez, aprendemos na nossa filosofia messiânica, que se preocupar é um pecado sério, afinal, Deus existe e por mais que existam fatores biológicos que regulam a nossa vida, acredito plenamente que isso é a presença de Deus também.
Talvez eu tenha que mudar a minha postura com relação a perdoar tantas e tantas vezes, pois se tornou um ciclo vicioso e que nos faz mal. Ainda que ele se arrependa, faz parte, não é característica exclusiva dele se arrepender, é de todo ser humano, de alguma forma todos nós temos arrependimentos. Mas uma vez que nada se faz, tudo se repete e assim as coisas tem acontecido desde janeiro.
Estou sofrendo, seria mentirosa se contasse aqui que estou radiante de felicidade com toda essa situação! Estou radiante de felicidade sim, com a vinda da minha filha, com a nossa saúde, com o apoio que estou tendo dos meus pais e de alguns amigos, mas e a outra parte?
É, vou ter que aprender na marra a responder todas essas perguntas e cada vez que as faço, cometo um pecado, pois as maiores graças acontecem, quando finalmente entregamos de todo o nosso coração nas mãos de Deus - é justo nas horas de tanto sofrimento, que percebemos a maior atuação Dele em nossas vidas.
Eu só quero ser feliz com a minha filha, ter uma relação harmoniosa com o Vitor, que ele se equilibre na vida, pois a nossa ligação é eterna, se estiver escrito que formaremos uma família, um dia...quem sabe, que Deus e Meishu Sama, continuem a me dá a força necessária para seguir em frente.



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