quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Foi assim... ( tudo tem um começo)

Tudo tem um começo, meio e fim. Sendo até redundante, vou começar do começo. Se é pra falar a verdade, que ela seja dita. Talvez a verdade que vou dizer, será a minha, mas de qualquer forma, será uma verdade exposta com olhos de uma menina, que hoje, está crescendo na velocidade da luz para receber a sua princesa.
O ' foi assim' é no que diz respeito ao pai da Sofia. Só falei dele em um post em algumas semanas atrás, dando a seguinte declaração - '' descobri que não tenho um companheiro '', sim, eu estava BEM chateada a muito magoada com algumas coisas que aconteceram e como o blog é algo que hoje eu me dedico, pois quero lembrar de tudo isso eternamente, achei justo que eu contasse a nossa história aqui, pois tudo tem um começo e o nosso foi assim...

' Rio de Janeiro, 02 de outubro de 1981 ' _ Nascia Vitor, hoje, 30 anos depois o pai da Sofia.

Quando o Vitor nasceu, meus pais namoravam, minha mãe beirava os seus 17, 18 anos e meu pai, seus 19, 20 e minha tia (irmã da minha mãe), que já desencarnou há mais ou menos 18 anos, morava nessa vila, onde o pai da Sofia mora até hoje.
O Vitor tem um irmão, chamado Diogo, que até então seria o padrinho da Sofia (há dúvidas quanto a isso por enquanto) e a diferença entre eles é mínima, a Cheila, vovó paterna da Sofia engravidou do Vitor no resguardo do Diogo. Resultado - Não tinha leite para amamentar o Vitor, é justo aí que entra a minha família.
Nessa mesma época, a minha tia amamentava o meu primo, Bruno, que hoje beira os 30 anos também e como eram vizinhas, acabou amamentando o Vitor também. Meus pais o pegavam no colo, levavam pra tomar o leitinho da minha tia, que acabou sendo chamada de 'mãe de leite'.
Ok. O tempo passou. Vitor cresceu, meus pais casaram, eu nasci, eles se separara e minha tia desencarnou alguns anos depois devido a um tombo ao pisar no sabonete quando tomava banho, com a queda formou-se um tumor, o que a fez ficar mais perto de Deus.

' Rio de Janeiro, em algum data que eu não me lembro e o ano aproximadamente, 1994...eu acho...'

Uma outra tia, agora a irmã do meu pai, se mudou para a mesma vila onde o pai da Sofia morava. Nessa época, eu tinha por volta dos meus 8 anos e ele em seus 14, ou seja, uma bela de uma diferença, eu nem lembro da existência dele nesse momento. Minha tia Márcia, inclusive, minha madrinha, tem 2 filhas, na época, era só a Mariana, mais tarde nasceu a Fernanda.
Eu e Mariana, as netas mais velhas, a diferença são 4 anos, crescemos juntas, estávamos sempre ou na casa da nossa vó, ou na casa do meu pai, ou na casa dela e foi aí que o tempo foi passando e eu fui crescendo, Vitor também, mas ainda assim, eu mal olhava para ele, eu fui bastante criança, estava mais preocupada em saber qual seria o próximo lançamento das Barbies.
O tempo passou mais uma vez. Minha mãe nessa época, resolveu casar novamente, como um bom nordestino, seu nome não poderia ser diferente, Severino vulgo Bill, que já tinha de um outro casamento, 2 filhos, Rodrigo, o mais velho, e Renata, hoje ele tem 31 anos e ela 27, se não me engano.

' Rio de Janeiro, em alguma data que também não me lembro, de 1998, eu acho...mas com mais certeza do que a data anterior rs'

Por volta dessa época, eu tinha os meus 11, quase 12 anos, nos mudamos para um apartamento na esquina da vila do Vitor e da minha tia Márcia. Renata tinha por volta dos 14, 15 anos e Rodrigo já conhecia o Vitor, que estava pelos seus 18 anos. Foi aí que eu me dei conta de fato da existência dele - Renata sempre foi serelepe, podemos dizer assim, e toda vez que passávamos por ele na rua, ela me mostrava, comentava, ele todo novinho na época, saradinho, playboyzinho, enfim, no final das contas eles acabaram até ficando, nada demais, ficaram e ponto final.
Nesse momento que realmente eu passei a olhar e associar ele ao nome dele, aonde ele morava, mas nem fazia muita noção de que ele tinha sido filho de leite da minha tia. Ah, vale lembrar, que o bisa da Sofia, Vô Chico, por parte de pai, tem até hoje um ponto de uma padaria bem perto das nossas casas, como um bom portuga não poderia ser diferente rs, daí, quando pequena eu sabia que aquela padaria era do Vô Chico e do vô paterno da Sofia, eu costumava comer Milkbar lá quase que sempre, o chocolate da vaquinha.
O tempo passou, aliás, passou rápido. Eu mal podia imaginar que aquele menino seria pai da minha primeira filha. Eu continuava a ir até a casa da minha tia e nossos encontros eram geralmente no portão, ele saíndo e eu entrando, ou ele dando tranco na moto e eu pensando - '' ele é bonitoooo'', mas eu era uma pirralha rs.

' Rio de Janeiro, o dia não posso saber, mas sei o mês, foi por volta de novembro, dezembro de 2010 '

A CRISE DOS DOMINGOS SOLTEIRA.

É. Eu estava solteira. Domingo era o pior dia, QUE dia. Quando eu saía no final de semana, domingo era até mais legalzinho, mas quando não, era um saco, era um dia sem cor, sem cinema, sem praia, era esquisito.
Eu tenho um grande amigo, um japona barato desses aí, vulgo Iroshi, que também havia acabado de ficar solteiro e achava a mesma coisa dos domingos dele. Perto da minha casa, acontecia um pagode, daqueles ecals, que vc só vai mesmo por achar os seus domingos o fim do mundo! Pagode já começa por aí, de bairro, meu DEUS e pra quem conhece, no Arranco do Engenho de Dentro - DEUS DO CÉU.
Mas...era domingo, ah, nada pra fazer, vamos!!! Fomos. Até que era divertido, acabou tornando-se rotina, todo domingo estávamos eu, japona e Rodrigo ( amigo do Vitor, filho do pai da Ingrid, ex marido da minha mãe) lá. Um sambadinha aqui, outra lá, e por volta das 23 hrs, comecei a reparar num cidadão, meio tímido, mas ao mesmo tempo, O carinha, aquele que não te dá NENHUMA moral, mas quando vc olha, ele tá te olhando, dono de um sorriso bonito ( eu amo dentes brancos), ensaiava dar uma sambadinha e olhe lá, sempre com um copinho de vidro na mão, na outra, um red bullzinho, ah, era o Vitor!
Eu tinha crescido, né...rs e ele também, mas ele tinha engordado e MUITO, eu olhava e pensava ' esse menino era tão lindo, tá esquisito...engordou tanto!' , mas eu também pensava ' acho que ele fica me olhando'. Enfim, foram alguns domingos nesse troca troca de olhares e eu já ía pra lá esperando dar 23 hrs, pra ver o que aconteceria.
Até que um belo domingo, eles já nem eram mais tão sombrios assim, estavam divertinhos...rs, a gente continuava nessa, olha daqui, ri de lá, dança aqui, se exibe de lá, eu, japona e Rodrigo, exageramos um pouco na dose e quando cheguei em casa, tive a brilhante idéia de pegar o celular dele, anotar o número do Vitor, abrir o site da Nextel e mandar uma mensagenzinha simpática assim - ' oi...foi embora e nem me deu tchau né...meu irmão não deixou...hahahaha' DÃ. Sem comentários. E coloquei meu telefone. Sem comentários 10 vezes.
Na 2f, acordo eu e lembro do que eu tinha feito, mal pude acreditar! Pensei - " QUE MERDA!!!E agora...como vou passar na rua por ele...ai meu Deus, e agora...'' Enfim, mas já estava feito. A semana passou inteirinha e nada dele ligar e isso me deixou mais tensa ainda, eu passava por ele na rua, só faltava me esconder e ele na dele, uma marra incrível.
Até que chegou domingo rs. Eu tinha a opção de ficar em casa achando domingo um porre ou acompanhar o japona até o tal pagode. Optei pela segunda.
No meio lá da cantoria, acabou a luz e meu celular toca - '' Vitor - vila Mari Prima '' ( eu além de ter mandado a mensagem sem noção, gravei o rádio dele no meu, mas uma vez não acreditei, ma tudo bem.) Fui até o banheiro e atendi fingindo que não sabia quem me ligava.
' Sabe quem tá falando Juliana (tá sem ponto de interrogação esse pc) e eu, NÃOOOOOOO, dando pulinhos e rindo...foi a primeira vez que ouvi a voz dele e ele a minha.
Ele falava muito em me dar um abraço, me contava do que acontecia com ele, das insônias, dos vícios de jogo e por aí vai. Nesse meio tempo, ele perdeu o celular, eu dei meu jeitinho de dar meu telefone novamente e foi quando realmente tudo se concretizou.
Nos falávamos praticamente todos os dias, mas nada de ter nos encontrado, era dezembro, perto de Natal, e eu ficava pensando '' caramba...tô falando com ele, o filho de leite da minha tia, o Vitor que a Renata tanto falava e acabou dando uns beijos, o que abria o portão pra mim e não dizia nem BOA NOITE, o que me olhou durante tantos domingos, o amigo do Rodrigo, o vascaíno que vivia saíndo no jornal por conta da Força Jovem ( ele era membro da torcida), o Vitinho que isso, que aquilo, enfim...a fama dele nunca foi muita boa no bairro, mas de qualquer forma, não sei explicar em palavras, eu me sentia envolvida, no sentido de ouví-lo, de querer saber mais daquele cara...

' Rio de Janeiro, 03 de janeiro, de 2010'

Parte 2 da nossa história que pretendo começá-la em outro momento. Foi nesse dia que a minha vida mudou completamente e a dele, acredito eu, que também.
Prometo continuar assim que bater a vontade de contar sobre o ano de 2010, sobre o nosso namoro curto, feito de vai e vêm, sobre nosso primeiro encontro, namoro escondido, ciúmes excessivos, amigos questionando, insistências, medos, inseguranças, dias felizes, casa de praia, família e a vinda da nossa princesa Sofia.

Por Juliana.

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