terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eu não voltaria atrás em nada do que fiz no que diz respeito à minha gravidez. Se me aparecesse uma espécie de anjo, ou qualquer coisa do tipo, dizendo que eu teria a chance novamente de voltar lá em janeiro e fazer tudo diferente, sinceramente, eu faria tudo igual, eu engravidaria novamente, talvez eu tiraria algumas pedras que eu tive que transpor e que me causaram muito sofrimento, mas ainda assim, consigo entender quem sem elas, eu não estaria crescendo a todo momento mais e mais.
Uma coisa é certa: Não tenho o que reclamar do apoio que recebi desde o primeiro momento da minha mãe, da felicidade do Vitor em ser pai e do apoio que vou receber de agora em diante do meu pai também. Mas tem horas que sinto muita falta de ter o MEU canto, poder reclamar quantas e quantas vezes eu quiser das mesmas coisas, de ficar sozinha a hora que eu bem entender e sinceramente, o que mais tem me aperriado dentro de casa, é o fato de estar convivendo com uma pré-adolescente na fase mais crítica.
A Ingrid nunca foi só a minha irmã, sempre a olhei com olhos de irmã mais velha, mesmo sendo a do meio, mas sempre fui a mais presente. Presente nas festinhas da escola, presente nas escolhas dela, nas alegrias e mais, presente no dia-a-dia. Lembro que quando eu saía para a escola, era um chororô só, realmente, eu curti muito a idéia de ter uma irmã mais nova.
Só que ela cresceu - 12 anos. Ela tem disputado em excesso a atenção da minha mãe, até aí, normal, aliás, normal até demais. Mas o que mais irrita todos os dias é notar a falta de maturidade dela e nem isso eu posso cobrar, pois cada um amadurece no seu tempo.
Na idade dela, a minha mãe estava grávida, eu curti e com apenas 12 anos precisei cuidar da minha mãe, justo ou injusto, foram escolhas dela, não quero mesmo entrar em detalhes quanto a isso. E vejo a Ingrid curtindo muito pouco a minha, não culpo só a ela, a mim também, por ela irritar tanto dentro de casa, eu acabei criando um certo bloqueio quanto a ela.
Ela só tem a mim e a minha mãe, estuda em ótima escola, tem tudo o que uma criança gostaria de ter dentro das nossas condições, aliás, das condições da minha mãe, uma vez que o pai dela e nada é a mesma coisa em termos financeiros. E machuca ver que não é dado o mínimo de valor a tudo que tem.
Sei mesmo que ela não é culpada, ela só tem 12 anos, mas já tem percepção para muitas coisas, sabe bem o que é certo ou errado e conviver com isso na minha gestação realmente é o que mais me deixa mau humorada dentro de casa.
Desisti de ser tão presente na vida dela, sei que me faltaria tempo também no ano que vêm para ser uma irmã como sempre fui, presente, ativa, participativa, pois terei a minha própria cria e pode ser que quando ela chegue aos 12, eu esteja reclamando das mesmas coisas, mas com olhos de mãe. Ainda assim, pretendo, através do que vejo, repetir os acertos e os erros, os quais eu, Juliana, julgo como erros, pretendo nunca repetí-los.
Falando do Vitor agora (qualquer dia ele vai ver o blog rs, mas enfim, não há nada demais no que estou escrevendo)...Ele está buscando uma estrutura de vida e isso me deixa realmente mais contente. Durante muitos meses eu me apeguei muito aos aprimoramentos dele, pedrinhas que ele, VITOR, deveria tirar do seu próprio caminho.
Precisei me desapegar, assim eu fiz. Foi melhor para mim, hoje precisei ser egoísta, para o meu bem-estar e o da Sofia. Torço para que ele consiga tudo que almeja, ainda assim, vejo que falta um longo caminho para que ele aprimore antes. De nada adianta ter tanta ansiedade, querer pular etapas e viver de forma não muito bem resolvida, mas realmente isso é aprimoramento dele, eu já tenho os meus, vivo-os diariamente e o melhor presente e estímulo nos demos um ao outro - tem nome, Sofia.
O futuro de nós três, a Deus está entregue. Posso ver nos olhos dele o quanto ele nos ama e que ele tenha certeza o quanto nós o amamos. Vitor tem sido um grande ensinamento para mim e não duvido nada que tudo isso tenha sido obra da nossa princesa, que nos aguardava para a sua chegada aqui nesse plano espiritual.
Tomara que a Ingrid melhore até o ano que vêm, que essa fase passe tanto para ela, quanto para a minha mãe, que também passa os seus aprimoramentos e tenta ao máximo segurar as pontas - é, isso é ser mãe.

Beijos.

Ah, ontem dia 25 de outubro, foi aniversário da Dinda Mari = )
Dinda, muita saúde e muita luz em seus caminhos. Tenho certeza que você e Sofia serão grandes amigas, como nós somos. A minha escolha, não poderia ser diferente. Amamos você S2

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