quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dias difíceis...

Seis dias apenas da Sofia chegar e eu não faço idéia do que está acontecendo dentro de casa. A minha mãe interpretou o post em que contei um episódio que muito me chateou, como a maior afronta e jogou um monte em cima de mim.
A nova é que ela não vai me acompanhar no dia do meu parto, a nova é que sou a maior decepção da vida dela, a nova é que sou ingrata, a nova é que ela pediu para que eu não fale com ela tão cedo, a nova é que eu manipulei tudo e todos.
Acabei de vir de um encontro com a Ingrid, além de amiga nossa, é professora da messiânica, nós conversamos um pouco a respeito do resguardo - FATO QUE NÃO FAREI mais, não tem como nessas condições. Falamos um pouco também do que pode estar ocasionando tudo isso e ela me contou uma história, onde pai e filho sempre que se viam brigavam muito, ao ponto de quase se agredirem, até que o filho tornou-se messiânico e recebeu a orientação de ao invés de discutir com o pai, no momento em que o discussão tivesse início, ele pensasse nas palavras do pai, como se fosse Deus falando naquele momento.
E assim aconteceu, o pai começou, o filho relutou um pouco e começou a brigar, até que lembrou da orientação que teve e calou-se, fechou os olhos e imaginou Deus pronunciando aquelas palavras no lugar do pai. Terminou o pai no colo do filho, chorando e os dois se abraçando.
A Ingrid me pediu que toda vez que eu recebesse coisas do tipo, como a de agora por exemplo, que eu entregasse a Deus esses sentimentos não só da minha mãe, como os meus, como recebo tudo isso e sinceramente, não sinto raiva, não sei definir ao certo, mas fico mais perplexa do que outra coisa, pois estamos tão perto de um dia tão especial e feliz para as coisas estarem nesse nível.
Jamais falei mal da minha MÃE aqui nesse blog, apenas fiz um desabafo, só isso. Hoje foi mais um dia de farpas, qualquer coisa que eu faço me referindo a Sofia, ao Vitor, ela recebe como ingratidão ou traição e NÃO SE TRATA DISSO. Falo para o  mundo inteiro que ela foi a minha maior amiga durante todo esse tempo, ela quem esteve ao meu lado, ela foi MÃE com todas as letras e além de mãe, mulher e conviver comigo, por isso achei que tivesse a liberdade para certas opções.
Deus está me dando uma paciência, uma calma incrível, ou já é o espírito materno se manifestando em mim. Ouvi coisas horríveis agora, primeiro que eu era uma decepção, segundo, que ela não rezaria por mim, terceiro que eu estraguei toda a felicidade de um momento - enquanto isso, entreguei a Deus e ao nosso líder espiritual, Messias Meishu Sama, todo esse sentimento de raiva, decepção e tristeza que ela está de mim.
Estou perto de ter a Sofia e jamais teria dentro de mim nesse momento o sentimento de ingratidão. Tenho GRATIDÃO, primeiramente a Deus, segundo ao Messias e logo em seguida, a ela, é claro, como já falei aqui várias e várias vezes. Jamais tive a intenção de pintá-la como malvada aqui nesse blog, pelo contrário, eu só queria dividir a dor que eu senti naquele dia, só isso.
Ela recebeu muito mal a notícia que o Vitor assistiria o parto, disse que era ingratidão da minha parte, pois ela foi quem ficou ao meu lado todo esse tempo - concordo, mas expliquei os motivos para tal situação. Acho que independente de qualquer coisa, é um momento dele, que ela já viveu, meu pai já viveu e que a Sofia ficaria 24 hrs aqui, pertinho de nós e que nada mais justo que ele vivesse esse momento, que é capaz de mudar vidas - acredito eu.
Meu pai entendeu a escolha, disse que para ele sem problemas, que ele não ficaria chateado com isso, a preocupação dele é com o futuro, com as minhas escolhas e decisões, mas não quero entrar em detalhes quanto a isso agora, pois todo esse turbilhão, aconteceu HOJE, tudo ISSO, tão pertinho de um dia tão feliz para mim.
Estava inclusive preparando um surpresa para ela e para o meu pai, uma carta de agradecimento por todos esses meses, umas flores, eu faria tudo isso para o dia mesmo da Sofia chegar, pela manhã, mas agora, fico sem ação diante de tudo que está acontecendo e que nem eu mesma, sei o motivo.
Diante desses fatos, era uma vez resguardo, terei que adaptar e infelizmente não vou poder cumprir da maneira como gostaria, pois não sei se ela vai me ajudar, ou se vai estar por perto, ou se vai estar disposta, pelo visto a resposta é NÃO. Ela é minha maior amiga, companheira e não precisava jamais sentir-se traída por mim, isso é algo que NÃO existe na relação mãe e filha.
Lembro de fatos como esse desde quando era pequena e me recordo muito bem que nos meus 15 anos foi a mesma coisa, no dia eu ouvi um monte e ela disse que não iria, nos meus 21 anos idem e agora nada mais justo, que no dia do nascimento da minha primeira filha. Isso não é falar mal, aqui é o MEU espaço, do que EU penso e graças a Deus, estou conseguido manter a calma e vou seguir o que a minha professora pediu - Lembram do filme '' A vida é bela'' ? O pai passou a guerra inteirinha fingindo para o filho que aquilo ali não existia, para que o filho não sentisse a dor de um país em guerra. E assim farei, criarei um fantástico mundo de Juliana até o dia 19, depois disso, que Sofia chegue trazendo muita paz e alegria a todos nós.
É uma pena tudo isso, tão perto do nascimento dela.

Um comentário:

  1. Olha, não fique chateada com nada disso. Acompanhando o seu blog eu percebo que a sua mãe é um tipo da minha, protetora, companheirona, mas se a gente contrariar um fiozinho, já era. E quer saber, seremos desse jeito com as nossas filhas. Cabe nós trabalharmos bem todo esse amor.
    Faça a surpresa pra sua mãe, converse com ela. Ela será sua companheirona na criação da Sofia.

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