terça-feira, 11 de setembro de 2012

Notícias!

Fiz login inúmeras vezes, mas desisti de postar, sem motivo aparente, sei lá, a gente deixa acumular e assim as coisas vão sendo atropeladas e...foi!
A novidade mais nova que já tem quase um mês é que consegui um emprego - feliZ! Trabalho há umas quase 2 horas de casa, contando com o trânsito e isso me obrigou a aumentar o tempo da Sofia na creche, apesar de que minha mãe tem mantido o horário dela inicial, ela vai perto das 9:30 e volta umas 18:00 ( tanto tempo!).
Nossa adaptação inicial até que foi boa, meu coração apertou de saudades na primeira semana, mas ao mesmo tempo confesso que deu um certo alívio de poder me sentir útil novamente, precisei trancar a faculdade por conta de tais mudanças e isso também apertou meu coração.
Entendendo que não é possível fazer tUdO ao mesmo tempo, comecei a pensar que é melhor fazer alguma coisa, do que tentar fazer mil delas e não fazer nenhuma no final das contas. Em meio a tudo isso, Sofia agora está com uma pneumonia de grau leve, devido a repetidas crises alérgicas, haja catarro, infelizmente houve a passagem de secreção para o pulmãozinho e isso já perdi 2 dias no emprego novo - imagino que isso se passe na cabeça quando se contrata uma mãe.
No geral, as coisas estão indo, estão acontecendo, tenho uma novidade importante para esse blog, ainda que eu fique tensa devido aos acessos e ainda não declarei aos 4 ventos, mas partindo do princípío que quem procura, acha, e que aqui é o MEU blog...
Bem, quem me segue fielmente - alô Manuzinha amada rs! sabe dos meus perrengues no relacionamento com o pai da Sofia. Foram várias idas, várias vindas, muitas confusões, e no final das contas, ninguém conseguiu esquecer ninguém, pelo contrário, o grande finale chegou - A tal situação de morármos juntos, o corte do cordão umbilical, o medo de enfrentar as pessoas, o medo do julgamento, o medo de dar tudo errado e depois precisar ouvir - EU TE AVISEI (fato), o receio da convivência a dois com tantos hábitos diferentes, o receio da convivência diante de tantos acontecimentos terríveis, enfim - pausa.
Também nunca foi segredo que a convivência com a minha mãe é tensa, que infelizmente ela chegou a um ponto que precisa mesmo de tratamento psicológico e NÃO enxerga, eu poderia ficar aqui até amanhã contando casos e mais casos, situações deprimentes pelas quais eu passo diariamente, umas eu filtro, outras ainda não consigo, o quanto percebo que reflete na Sofia as gritarias e confusões da minha casa, o sistema nervoso abalado dela, enfim, prefiro apenas lembrar do quanto ela me ajudou nessa jornada, de maneira torta ou não, ajudou e eu sei reconhecer isso SIM.
Só que chega um momento onde não se tem mais para onde ir, onde a convivência está tão ruim que não dá mais para ajustar, e nesse meio todo, tentei algumas vezes imaginar que eu poderia ser SIM, a mãe solteira, jovem, que trabalha, que poderia viver sozinha com a minha filha no se vira nos 30, que poderia ir para a night nos fds e voltar para casa cheia de deprê por se sentir vazia, ok, e que algum dia surgiria um cara, super nota mil, segundo as previsões espirituais, que me faria feliz. Tá, e enquanto ele não chega?
Mesmo com todas as ausência provocadas pelas situações, eu nunca pude dizer que o Vitor não quis se aproximar de nós duas, do jeito dele, confesso que até hoje sem cumprir totalmente com as responsabilidades, o que me tira o rebolado, mas ele quis e o que fazer com os meus sentimentos e com esse pai? O que dizer lá na frente quando questionada se o pai nunca quis viver conosco?
Despausa. Vitor e eu tivemos uma conversa, nessa conversa, descubro que ele se mudou, montou uma casa, e está a nossa espera. Cheio de palavras, de promessas e eu perdi o rebolado mais uma vez. A casa caíu! Ou não, a casa chegou. Alívio inicial de imaginar que posso ser a mulher da casa, a mãe, a esposa, a namorada, o meu canto, a minha casa, alívio passa e vem o desespero. O que fazer com o passado??? O que fazer?! O que fazer com a falta de coragem? Mas seria justo privar Sofia desse convívio? Seria justo me privar de ao menos tentar? Lembrei de uma frase que ouvi - ''achei que você tivesse desistido de tentar''
Pois é, o que eu sempre quis está na minha frente. Casa, sensação de família, renúncias, medo, receio de dar errado, saturação máxima do desequilíbrio da minha mãe, vontade master de ajudar sem saber como, e a vida passando....e o tempo passando...e o medo de pensar o resto da vida que poderia? O medo de deixar de ser filha, pois sei que a resistência da família será enorme, mas perai, por que pensar TANTO? Ai, cansa. Esgota e emagrece e causa paralísia facial também ( meu rosto regrediu), porque eu só quero sorrir, só isso.
Acho justo tentar, acho injusto sofrer tanto por tudo, acho injusto ter que perder para ganhar, ou talvez ter a sensação de escolha, ou a família, ou a possibilidade de construir uma, mesmo com tantas diferenças, enfim, com um puta medo de dar tudo errado, mas que pessimismo é esse? Enfim, cansei mesmo de viver do jeito que eu vivo, são 2 anos tentando equilibrar os dois lados e me dando mal, sofrendo muito, acho que já deu.
Vou tentar, peço que a minha torcida e pela Sofia, seja forte e firme!
Quero voltar a postar sempre....sinto saudades!
Beijos,
Mamãe.
 

2 comentários:

  1. Ju querida,

    Bom ter notícias suas, e notícias sendo boas é melhor ainda. Estava aflita, pq não estava vendo seus post´s.

    Primeiro quero te dizer sobre o emprego, tão bom "te ver" assim... renovada, animada, com planos e projetos pro futuro. Acho que vc falou tudo, é melhor fazer uma coisa de cada vez, do que tudo ao mesmo tempo e no fim não ter realizado nada. Te desejo todo o sucesso do mundo, que as oportunidades apareçam e vc possa crescer como profissional e como pessoa sempre.
    Agora sobre a construção da família. Eu acompanhei todo seu sofrimento, todas as suas angustias. Agora quero muito acompanhar todo seu sucesso, sua felicidade, seu crescimento pessoal. Posso te dizer uma frase que tem feito muito sentido pra mim: "Tentar e falhar é, pelo menos, aprender. Não chegar a tentar é sofrer a inestimável perda do que poderia ter sido."

    Acho que vc deve seguir em frente e ouvir seu coração. Vá com calma, sem grandes expectativas. Viva cada dia de forma mais leve, se cobre menos, curta os pequenos momentos, e com certeza as grandes felicidades vão surgir.

    Estou sempre na torcida vc sabe. Torço por sua felicidade, e agora pela construção dessa nova família.

    Amo-te!

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  2. Choro SEMPRE!
    Vamos que vamos! Agora o próximo passo é ficar motorizada com vc =)
    Beijos, amo vc!

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