quinta-feira, 26 de maio de 2011

QUE dia.

Como diria a pentelha pré da minha querida e adorável irmã Ingrid - hoje o dia foi TENSO. É, Sofia aprontou com a mamãezinha aqui!
Por volta de meio dia começou a chorar sem párar, gritar...Primeiramente imaginei o que? FOME, aliás, MUITA FOME pra tanto choro. Coloquei o peitão pra fora e NADA, ela chorava mais ainda. Nunca tinha visto isso! Ela chorava, gritava sem párar! Pensei em cólicas, né? Mas o corpinho dela não demonstrava que poderia ser cólica, ela não estava se contorcendo, nem nada parecido, apenas chorando sem párar, de sair lágrimas!
Ficamos nessa tensão por praticamente uma hora, até que ela dormiu. Servi de colchão a ela, deixei ela dormindo em cima de mim, após uma choradeira daquelas, era merecido o calorzinho da mamãe. Acordou chorando da mesma forma - tenso! Chorando, berrando, os olhinhos inchados já! Liguei para a pediatra e nada! Já estava imaginando que poderia ser dorzinha de garganta, pois ela não pegava o peito de jeito algum e já estava sem mamar pra mais de 6 horas, pra quem mama de 2 em 2, 3 em 3, era tempo demais!
Enfim...o pai do Vitor passou aqui, deixou eu e minha mãe no Prontobaby, com uma fila de espera de mais de 3 horas, pra mais de 50 crianças doentinhas em um ambiente fechado, impossível! No meio do caminho ela já estava mais espertinha, tinha mamado, soltado uns arrotos o que levou a crer que eram realmente gases, então, voltamos para a casa.
Foi um dia difícil. Cada dia é uma novidade, um sentimento e uma emoção nova. De primeira aquele choro excessivo me causou mau humor, pois eu estava achando que poderia ser birra, manha. Em seguida, me senti super culpada por ter ficado mau humorada e bateu a tal da culpa materna. Logo depois, nada de passar o choro, começou o nervosismo, em seguida algumas lágrimas, súplicas, rezas, Johrei, por favor, passa logo, o que é isso?!?!?!?!?
Gente, é MUITA coisa para um ser só! E em um desses momentos me veio na cabeça o seguinte pensamento: Estou eu aqui, com ela no colo, sem saber o que ela tem, vesti qualquer roupa que vi na frente, a mais fácil para amamentar, sem a menor preocupação se sairia assim pela rua ou não, fiz um rabo de cavalo, a dor na coluna, imensa! Carregar praticamente 8 kgs - é, ela é muito fofucha!!! a todo momento, já não faz mais diferença, consigo a proeza de achá-la leve em algumas horas, eu, ela, algumas súplicas a Deus, algumas lágrimas, ao mesmo tempo tendo que ser forte, pensando que saudade de dormir sem ter hora para acordar, agora eu sou mãe, mãe, mãe, mãe, mãe, mãe, mãe, almoço? Tomando antibiótico e 3 da tarde sem ter comido apenas um lanchinho e nem aí pra MINHA fome - mãe, mãe, mãe, mãe.....

mãe...


domingo, 22 de maio de 2011

e chegamos aos 4 meses, mas já????????

Sofia chegou aos 4 meses no dia 18 de maio - como passa voando! Parece que foi ontem que vivenciei toda aquela novidade do parto, do pós parto, dos primeiros dias, do primeiro mês, mas nem por isso as novidades deixaram de aparecer, todos os dias é algo novo, impressionante!
Acho incrível como me surpreendo a todo momento com uma situação nova a minha frente, seja uma gracinha nova, ou um sentimento novo, é sempre o desconhecido a cada dia que passamos juntas, a cada dia me descubro um pouco mais forte que no dia anterior.
Sofia é um bebê dos meus sonhos! Linda, linda e linda. Fala pelos cotovelos, adora bisbilhotar o que está rolando na tv, no computador, adora cores fortes e vibrantes. Aprendeu que com a chupetinha tudo fica mais prazeroso, gosta de dormir ouvindo música, prefere dormir de barriguinha para cima e braços abertos, toda zen!
Seu brinquedo predileto é o pato Chico, quando o vê fica nervosa, querendo pegá-lo a todo custo e quando isso acontece, o ataca, morde o bico, morde o cabelinho do Chico, divertindo muito a mamãe aqui! Adora uma câmera, adora prestar atenção quando a vovó começa a falar sem párar!
Ultimamente tem reclamado MUITO para colocar a roupa, para tomar banho, para enxugar, trocar a fralda, ou seja, uma Sr. Cascudinha, coisa que não fazia quando mais nova, resolveu agora que bastou passar a gola pela cabeça, é um belo motivo para chorar forte, de ficar vermelha, perder o choro e fazer bico!
Gosta de ouvir a história ecologicamente correta da Chapéuzinho Vermelho que a vovó conta para ela, onde o caçador não mata o lobo e sim, o leva de volta para o zoológico ( mamãe aprovou!). Adora beliscar o gogó do papai, coisa que ela SÓ faz com ele! Sempre que pode faz aquela mainha básica, pois sabe que ele SEMPRE cede e a pega no colo, tornando a mamãe uma bela megera.
Adora olhar os azulejos da cozinha, já presta mais atenção no nosso cachorro Snoopy, continua a piscar os olhinhos quando ouve algum barulho considerável. Geralmente acorda e fica por um bom tempo balbuciando com o móbile. Não gosta do bebê conforto, mas adora um bom passeio de carro! Ah, reclama MUITO quando o sol bate em seu rostinho rs!
Desde os primeiro dias gosta de ficar no colo de costas, com o rostinho apoiado em nossos ombros, aliás, ombros - sobremesa predileta dela! Aos 4 meses resolveu comer com muita vontade tudo o que vê pela frente e está ao seu alcance, mas o predileto depois do Chico, é o dedão do pé! Toda vez que pode, lá vai o dedão do pé na boca rs!
Ah, prefere o bainho da noite! A sua companhia predileta é claro, a da mamãe aqui = ) Mas se sente muito a vontade com a vovó Gê e a titia Ingrid. Quando vamos até a casa do papai, ela se mostra um pouco diferente do dia-a-dia, é claro, mas sorri também, conversa com a outra vó e abre sorrisinhos para o papai.
Acho que são essas as nossas novidades até aqui. Não me canso de agradecer a existência dela em minha vida.
Sofia, nós te amamos DEMAIS, mais que o infinito!
Beijos, Mamãe.

sábado, 14 de maio de 2011

Passa tempestade!

Sabe o que é um ser totalmente perdido? Sou eu! Nossa, nem eu aguento mais vir aqui e postar com o marcador - DESABAFO! Sério, eu não aguento mais mesmo, de verdade! Ah, eu prometo que vou juntar os e-mails e privatizar logo meu blog.E também não quero ficar escrevendo bonito e com coerência, eu quero escrever, só isso.
Saco cheio dessa confusão toda, saco cheio totalmente! Meu Deus do céu, eu só queria curtir a minha filha em PAZ, viver na PAZ, transmitir PAZ, mas será possível?! Toda hora é uma história nova, um bafafa novo, um problema em casa, um problema que não é meu, um problema que se torna meu! Nossa, já não sei mais o que pensar, no que acreditar, no que fazer, em como agir, no que planejar!
Parece uma onda de sentimentos estranhos, vira e mexe acordo com uma tristeza, uma angústia, logo sou bombardeada por mil previsões quanto a minha vida segundo a minha mãe, mil e trezentas cobranças, alfinetadas. Quando não, a bipolaridade do Vitor. Gente, assim não dá! Parece que estou perdendo a vontade das coisas, esses dias foram todos assim, sem brilho, sem ânimo, as semanas passam e eu fico com a sensação de não ter feito absolutamente NADA DE NADA, não ando com vontade pra realizar as tarefas mais simples, prova disso é que a Sofia vai para 4 meses e eu não baixei as FOTOS DO PARTO AINDA!
Eu sei que preciso reagir, ter forças, por ela, por mim, afinal eu ainda existo, preciso ter ânimo, mas eu não sei o que anda me abatendo tanto. Tem horas que me acho anormal, em outras, acho que é normal, pelo momento, por tantas mudanças, o que são 4 meses, perto de tantos outros??? Mas na maioria do tempo, fico me achando surtada, morrendo de medo de estar depressiva e cheia de esperança de dias mais felizes, sem esse suspiro pesado e esse aperto no peito que não vai embora de jeito nenhum.
É a convivência aqui em casa que não é a das mais fáceis, bate boca o dia todo, xinga de lá, alfineta daqui, ama de lá, ajuda daqui, é o Vitor que vira e mexe dá os seus surtos de ataque de completo sem noção das coisas, gente, eu não aguento mais! A sensação que eu tenho é que o tempo está passando e não estou curtindo a minha filha, devido a tantos problemas, confusões e eu no meio de tudo isso.
Horas acho que eu devo passar por tudo isso sim, afinal, foram escolhas minhas, mas em outras, acho total covardia comigo mesma em todos os sentidos. Horas eu reprimo o meu amor totalmente por ele, por medo, insegurança, em outras, eu quero amá-lo do jeito que ele é, da maneira que ele sempre foi. Horas eu quero nunca mais sair da saia da minha mãe, em outras, eu quero fugir pra uma ilha deserta e nunca mais ouvir a gritaria diária da Ingrid, a falta de educação dela.
Eu só queria ter uma vida normal, sério, nada demais. Queria trabalhar, voltar a estudar, criar a Sofia, ter a minha casa, poder dar uma família a ela, só isso. Será que é muito??? Será que eu estou querendo demais??? A minha cabeça está PERDIDA, totalmente e pior disso tudo, é que fico no meio de dois furacões em constante erupção, quando não é a minha mãe, é o Vitor, e assim estamos, há 1 ano e meio praticamente.
Eu só queria que essa tempestade passasse, só isso...será que eu estou querendo demais?!

sábado, 7 de maio de 2011

DIA ESPECIAL

Eu queria muito começar este post super especial de outra forma, mas estaria sendo mentirosa, portanto, vou fazer como sempre aqui: sempre a VERDADE.
Ser mulher não significa exatamente desejo de ser MÃE, ser mulher significa escolhida de Deus para gerar outro ser humano, mas nem sempre esse desejo existe em algumas mulheres. No meu caso, sempre existiu. Eu sempre quis ser MÃE, sempre. E sempre achei que meu primeiro filho seria um menininho, era extremamente capaz de me enxergar mãe de um meninote, surfistinha, cabelinho lisinho, até que a Sofia me escolheu.
Amanhã é meu primeiro DIA DAS MÃES e como a minha adora dizer que dia da mãe é todo santo dia, que é apenas um marketing, eu discordo totalmente! Dia das mães sem dúvida além de todo dia é a todo minuto, segundo, é a todo momento é claro, mas acho super justo haver um dia especial para nós, MAMÃES.
Queria muito estar mais feliz para o meu primeiro dia das mães, mas as coisas nem sempre saem da maneira que queremos, não adianta querer mudar fatos, circunstâncias e pessoas. Hoje, estou colhendo da maneira que plantei ter a minha primeira filha, meio que de trás pra frente, de forma desajeitada, mas só tenho a agradecer por ela existir na minha vida e por ter me escolhido como sua MÃE.
Fico me cobrando por vários motivos e sempre martelando na cabeça a maneira como sonhei para mim, como eu queria que as coisas acontecessem, como eu gostaria que estivesse sendo da maneira que sempre quis, mas não adianta, para que tantas cobranças, perto da grandiosidade do que é ser MÃE da Sofia?
Sinto muito medo de não estar aproveitando esse primeiro ano único de nossas vidas como deveria ou como gostaria, ficam um milhão de sentimentos misturados dentro de mim, juntando ainda com o fato da maternidade em seu primeiro momento ser algo avassalador em TODOS os sentidos.
Bem, o post não é para reclamação e sim, à minha pequena Sofia.

Sofia,
Nosso primeiro dia das mães juntas! Eu só tenho a agradecer pela sua existência na minha vida, filha. Ainda me pego desconfiada de mim mesma, quando preciso dizer FILHA, MÃE DA SOFIA, é tudo tão novo minha princesa, tudo tão diferente, tudo tão intenso e ao mesmo tempo, desmedido.
Ser sua mãe tem sido exercício diário de superação, de luta, de muita felicidade, muita gratidão e o maior reconhecimento de Deus em minha vida. A sensação que tive ao te tocar a primeira vez é indescritível, assim como diversas outras que tenho em nosso dia-a-dia, eu e você, você e eu.
Olhar seu rostinho enquanto você mama, fico estarrecida olhando a sua mãozinha me segurando, acariciando suas sobrancelhas, observando cada movimento seu, seus olhinhos, sua boquinha, seus pézinhos, sua voz balbuciando. É tudo mágico minha flor! Ainda não tive total consciência que sou sua MÃE, a cada dia que passamos juntas é um sentimento novo, uma sensação nova, seja de amor, medo, desespero, ansiedade, carinho, cuidado, responsabilidade, é tudo novo para a mamãe, TUDO.
Filha, hoje tenho a certeza que nunca estarei só. Penso no futuro e de algum forma te vejo sempre ao meu lado. A minha PRIMEIRA.Única. A MINHA FLOR, A MINHA VIDA, MINHA SOFIA.
Deus me deu esse dom, de ser MÃE, de cuidar, de te formar minha filha. Acredite, mamãe te ama infinitamente e a cada dia que passa, é impressionante, eu te amo cada vez mais e mais.
Minha estrela, minha princesa, minha sabedoria.
Te amo mais que tudo na minha vida. Há algumas semanas assisti uma partezinha do vídeo do parto e chorei de emoção novamente, agradeci ao seu pai por ter me dado você e por ter conseguido filmar esse momento tão especial de nossas vidas. Por incrícel que pareça, o meu choro assistindo o vídeo, me remeteu exatamente ao dia 18 de janeiro de 2010 - o dia em que a minha vida mudou para SEMPRE, o dia em que deixei de ser eu, para ser eu e sua MÃE.
Obrigada meu Deus, obrigada Messias Meishu Sama, obrigada papai Vitor, obrigada Sofia, muito obrigada por ter me escolhido.
Imenso e desmedido AMOR.

E espero que tudo se ajeite, que eu consiga algum dia realizar todos os meus desejos. Uma família junta, feliz, com os seus tititis é claro, afinal família é assim, mas eu quero muito dar uma família assim a minha Sofia.
Um beijo enorme e um FELIZ DIA DAS MÃES à todas nós, que além de mães, somos guerreiras, agora eu entendo, eu juro que entendo.
Beijos com muito amor,
mamãe.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

É mole?

Enquanto a Sofia balançava seus bracinhos pra lá e pra cá na minha cama, brigando com o soninho, eu estava conversando com o Vitor pelo celular e conversa vai e vem, ele mexeu comigo dizendo: '' tenho que ir então, está tarde, hoje todo mundo vai sair, ainda tenho que me arrumar '' e eu retruquei no mesmo tom de brincadeira: '' ah é, pior que eu sei que é verdade, que os seus amigos devem te chamar todos os dias para sair, dizer que vc é o maior otário de não ir, comentar das mulheres das noitadas'' e ele voltou dizendo: '' hahaha, estou me divertindo aqui, rindo de vc. Presta atenção: Não precisa se preocupar com isso!Eu não faço MAIS isso! Se fôssemos só nós dois, eu até poderia pensar duas vezes, mas agora, com a Sofia, ih, tá maluca. Eu conheço seu gênio, fazer isso pra gente brigar e eu ficar sem ver a minha filha?!Relaxa, eu quero é contruír uma família...''
PAUSA.
Chegou a me dar um nó na garganta.
O motivo desse post não é contar a falta de elegância ou o excesso de sinceridade do Vitor e sim um dos temas que andam rondando os blogs maternos: como ficamos depois da maternidade?O que muda? O nos resta? O que sobrou daquela antiga pessoa, única, singular?
É, realmente muda TUDO.
Já contei aqui no blog como engravidei, um namoro curtíssimo, super conturbado, diferente de TUDO que já havia vivido anteriormente na minha vida. Passei por poucas e boas, procurei o tempo todo tirar algum proveito da situação, pensando que eu seria forte, que eu iria conseguir superar a cada dia as tempestades que me rondavam.
A verdade é que depois que eu virei mãe a minha vida mudou completamente, mas nem por isso a Sofia é apenas o meu principal motivo para deixar ou não de fazer as coisas! Achei que ele pensasse em mim também, mas em um comentário simplório, ele foi mais que sincero e colocou realmente o que hoje é importante na vida dele.
Não sei se estou sendo clara, mas eu precisava vir até aqui e tentar tirar esse nó que ficou na minha garganta. Eu rebati dizendo: '' Ah, se fôssemos só nós dois, vc pensaria duas vezes. Então suponho que vc deve ter pensando duas vezes em várias situações, pois só não somos só nós dois há 3 meses, os outros 9, eu estava grávida '' e ele rebateu dizendo que estava sendo muito burro mesmo! Ou seja, ainda se achando no direito de se considerar BURRO por não estar curtindo a vida aí por fora.
Gente, onde nós estamos? Eu venho de um planeta onde quando existe amor, existe respeito. Não vou ser aqui a mais certinha e condenar tal atitude, mas se existe amor, amor do tamanho que ele diz sentir, ciúmes do tamanho que ele mostra a todo momento, ué, SOFIA é o motivo?
Tenho MUITO medo do meu caso ser aquele assim: Quando a esmola é demais...o santo desconfia. Não é possível! Será que depois que eu pari, não sou mais eu?! Perdi a minha singularidade? Não devo ser considerada? Ou não é bem assim, e sim, para ele eu não sou a prioridade?
É claro que são prioridades diferentes na vida de um homem, a mulher e a filha, claro! Não quero me colocar no lugar de filha, até porque é surreal, mas eu quero ser considerada, uma vez que considero, que respeito e que não penso duas vezes, nem uma!Imagino então que durante a minha gravidez as coisas não foram bem da maneira como eu pensei que tivessem sido, ou na realidade, que eu idealizei. Esse sempre foi um confronto muito grande dentro de mim - realidade dos fatos e os fatos que eu idealizava.
Enfim, me magoou de verdade e pra ele está tudo certo. Daí agora eu penso que sem a Sofia, eu não existo, e que todo esforço que venha a se fazer é simplesmente por ELA? E eu? E a Juliana? Foi o que eu disse: '' Peraí, eu sou eu ainda, Juliana, mulher, namorada ''
Fica aí então um bom momento para eu pensar e refletir a maneira como ele realmente me enxerga, pois é bem contraditório a pessoa dizer que quer casar com vc, morar juntos, contruír FAMÍLIA e ao mesmo tempo de forma ingênua e super sincera, dizer que se há um certo tipo de respeito é por medo de não ver mais a filha?!?!?!?!?
As coisas mais sinceras são assim, são exatamente essas, ela saem, simplesmente vc abre a boca e ela saem. Ele crente que eu ía me achar a tal, pensando: '' Tenho o melhor namorado do mundo! Ele não mente para mim dizendo que vai dormir e sai, pois leva em consideração o fato de ver a Sofia ou não! Ai, sou feliz e não sabia por isso ''
Não. Não mesmo.E eu que me vire com o meu nó na garganta.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Gripe.

Sofia está em sua primeira gripe, apesar que eu acredito que seja reação das vacinas pneumo e meningite que ela tomou ontem. Hoje pela primeira vez, tomou Tylenol e vamos começar com Redoxon, 10 gotinhas por dia. =( Droga filha!
Apenas registrando em seu cantinho!


terça-feira, 3 de maio de 2011

Resposta - desabafa mamãe e vacina!

Meninas,
Decidi responder os comentários de vcs através desse post, antes, quero agradecer pela força de sempre - MUITO OBRIGADA A TODAS = ) Flávia, saudades! Nunca mais passei no seu cantinho, me desculpa, é o tempo curto! Quando vier ao Rio, vamos marcar com a Lara! Ontem fomos passear com as crianças! Beijo em vc e na linda da Ana.
Então...É claro que a primeira hipótese que vêm a cabeça é o ciúme, uma vez que a Sofia passa a ser a novidade da casa. Acontece que eu já percebi que não se trata apenas de ciúme, o que é um fato mais que normal, além da fase que já é delicada, tem a personalidade, a criação e essas duas últimas que mais me incomodam.
A Ingrid é a mais nova de 3 irmãos, o mais velho tem 31, logo ela cresceu em meio a adultos, ela acha que pode fazer tudo, resolver tudo e com a Sofia acontece da mesma maneira, só que a Sofia não é a Miracle Baby, ela quer fazer tudo, dar banho, trocar, e eu não sou aquela mãe chata de primeira viagem que acha que o bebê é intocável, mas eu tenho senso, né?
Na realidade, eu desisti de procurar resposta de perguntas que não são minhas! Acho que durante esse tempo todo eu sempre a olhei como filha, tanto que ela me chamava de mãe quando novinha. Eu quis muito o nascimento dela, sofri pelo o que ela sofria tão pequena, ela não teve uma infância tranquila, sofreu separação dos pais por volta dos 7, 8 anos, tudo isso é claro que afeta principalmente na atual fase da vida dela.
Tudo isso sou plenamente capaz de entender e tenho completa sensibilidade para esses fatores, tanto que sempre incluí a Ingrid em tudo que pude, viagens, passeios, nunca deixei de lembrar dela, sempre procurei dar a ela o melhor e nunca a vi apenas como meia irmã, para mim isso não existe, é irmã e ponto final.
Mas tem a personalidade, tem a falta de freio e aqui em casa é e sempre foi da seguinte maneira: Agora eu te bato, xingo, quebramos o maior pau, no dia seguinte está tudo bem, como se nada tivesse acontecido. Tá. Na primeira vez tudo bem, na segunda, na terceira, agora imagina ANOS vivendo assim?Nesse vai e vêm sem critério algum?
Eu cansei, cansei e cansei. A Ingrid é tratada como um bebêzinho de 3 anos, mas em certos momentos ela é cobrada para agir com adulta e isso cria um trilhão de confusões na cabeça dela e que NÃO sou eu quem devo resolver! Eu juro que tentei! Mas não cabe a mim, não mesmo...Eu falo todos os dias que ela precisa de uma atividade, que ela precisa de uma psicóloga, que ela precisa ser mais sociável, o esporte vai gastar esse excesso de energia que ela tem, vai trazer amigos, disciplina, eu falo, mas eu cansei gente!
E tudo isso gera um desgaste muito grande, muito mesmo! Eu ficaria aqui dias e mais dias contando tudo que já passamos nessa vida - em matéria de guarida, espero ainda a minha vez, diga-se de passagem. Já passamos por poucas e boas! Agora eu preciso ter a cabeça no lugar para dar o melhor de mim para a Sofia. Recebo mil elogios quanto a ela, tudo bem, mas eu diria que agora é mole! Ela vai crescer, ela vai descobrir o mundo e é ai que a educação, a criação é coloca em prova, eu querendo ou não, é justo nesse momento que o jogo começa a valer.
Enfim...eu só quero o meu espaço. Eu cansei de ficar a vida inteira pra lá e pra cá, vai pra casa da mãe, do pai, da vó, da tia, chega, eu vou fazer 25 anos e agora sou mãe, chega! Cansei. Eu quero meu canto, meu espaço, já está na hora. Não aguento mais conviver em meio a um furacão que não me pertence, em um dia tudo bem, todas se amam, no dia seguinte, todas se detestam, não falam bom dia, soltam piadas e alfinetam da pior forma possível - cansei.
....
Mudando um pouco de assunto...

Hoje eu e Vitor levamos Sofia para tomar as vacinas pneumo e meningite. Em todas as outras vacinas, ela se comportou super bem, eu ministrei Johrei no momento, ela praticamente só reclamava, nem chorava. Mas hoje foi diferente, para mim e para ela.
Uma picada em cada coxinha e ela chorou de perder o choro, ficou vermelha, se contraíu de dor e eu? Senti uma dor profunda, vontade de tirar ela dali correndo (sem drama!) e nunca mais voltar! Passado o momento drama da mamãe, saímos da sala, e lá estava o pai, tão corajoso que nem entra conosco e diz: '' Isso filha! Vc é muito forte que nem o pai '' Ah tááá...baixinho ele diz para mim: "Se fôsse eu que tivesse que entrar e visse ela chorando, ficando vermelha sem ar, eu não ía aguentar, ía desmaiar. '' Forte, não?
Senti vontade de nunca mais vê-la tomar vacina, de pedir para a minha mãe levá-la sempre e o papai me lembrou do seguinte: Vc é mãeeee! rs, pois é, nesse momento as lágrimas correram ao lembrar que tantas mãezinhas sofrem pela dor dos seus filhos, pedi muito a Deus que as consolasse, lembrei do Hospital do Câncer, quantas vezes quando trabalhava, vi crianças em estados deploráveis e mãezinhas ali, sempre ao lado, fortes que nem um rochedo, sem ao menos pensar em desmaiar.
Imaginei que eu estava chorando por ter visto a Sofia sentir uma dorzinha normal, ainda vai sentir várias como a de hoje, pro bem dela, e pensei que quantas mães choram a dor de seus filhos em hospitais, com doenças graves, enfim, OBRIGADA MEU DEUS, OBRIGADA MESSIAS MEISHU SAMA por TUDO.
A verdade toda é que com a Sofia além de descobrir que o sentimento chamado AMOR, era totalmente desconhecido por mim antes da chegada dela, agora eu descubro todos os dias uma nova sensação, tudo é diferente, a começar do simples e poderoso amor. Como diz o papai: '' Chega a doer ''
Um beijo e obrigada pela força de sempre!
Uma boa semana a todas nós e domingo é MEU PRIMEIRO DIA DAS MÃES! Oin!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PRÉ - desabafa mamãe!

Eu sei que havia prometido que o 'despedida.' seria meu último post antes de privatizar, mas estou com preguiça de reunir os e-mails e com necessidade de postar o quanto antes sobre o assunto escolhido.
Desde o momento em que descobri a gravidez, sair de casa não foi prioridade em ocasião alguma, motivo inclusive, pelo qual eu e o pai da Sofia discutimos várias e várias vezes. Eu procurei manter meus pés no chão, não pensar que seria a melhor saída arrumar minhas malinhas, ir de encontro a todos os meus familiares e viver de amor, comer amor, vestir amor e criar a Sofia apenas com amor.
Por várias vezes o Vitor me criticou, se desesperou, duvidou e principalmente, cansou de se espantar com a minha ''frieza'' com relação ao fato de sair de casa GRÁVIDA, DESEMPREGADA e ele IDEM. Pois é, foi assim durante toda a gravidez.
Meu quarto virou NOSSO quarto, de verde limão, foi ao lilás, de uma cama, chegou um bercinho, cadeira de amamentar e tudo certo, acordamos que eu iria para a casa dele alguns dias, quer dizer, eu acordei, ele não, mas de qualquer forma, ele não tinha muito o que fazer, a não ser concordar, diante da situação toda.
Hoje a Sofia está indo rumo aos 4 meses de sua vida e me lembro perfeitamente a voz do meu pai, na maternidade, passeando comigo pelos corredores de braços dados dizendo: '' Está aí, Deus te deu, limpinha, prontinha, crua, pra você fazer dela o que quiser'' e juro que na hora não tive o menor alcance do que ele dizia, mas hoje, estou começando a entender.
Mais do que nunca sinto plena necessidade do MEU espaço, da MINHA rotina, do MEU modo, ao MEU jeito, a MINHA criação, os MEUS exemplos, sem julgar de forma alguma melhores ou piores, apenas a singularidade do EU, MEU, MINHA, minha Sofia.
Confesso que cansei um pouco de achar que deveria carregar os 359.876 ''problemas'' daqui de casa, cansei de achar que EU, poderia resolvê-los, como ir a escola da Ingrid, conversar com o diretor, procurar em diversos clubes por aqui, um esporte para que ela se sociabilize, quem sabe passe a ter amigos, confesso que cansei de sugerir que todas nós aqui precisamos de uma terapia, um esporte, uma atividade onde cada uma tenha seu tempo para refresco.
Cansei. Cansei de ser MAIS irmã que os outros dois da Ingrid, afinal, sou a irmã de todos os dias, não sou irmã apenas de Páscoa, níver e Natal, sou a irmã diária, a chata, implicante, irritante, e agora, além de tudo isso, sou MÃE e a convivência está INSUPORTÁVEL.
Fico extremamente receiosa que tipo de adolescente a Ingrid será e no que a Sofia se espelhará. Ok. Nem sempre dei os melhores exemplos, nem sempre guardei para mim frases que não precisavam ser ditas, valendo lembrar que eu me encontro na mesma posição que ela - FILHA, já a Sofia não, é a MINHA filha, a neta, a sobrinha, aí a coisa muda de figura completamente.
A falta de educação, de cuidado, a gula, a ansiedade, os escandalos, palavrões, gritaria, tudo isso na cabeça 24hrs ao dia não é mole não, e ainda me sentia até então na obrigação de vivenciar tudo isso ali, todo dia, dia todo, todo, todo, mas estou começando a perceber o que meu pai disse - está aqui, crua, prontinha, papai do céu me deu e mais do que nunca, preciso do meu espaço para fazer do meu jeito.
É inegável que a maior ajuda que recebo, apoio, carinho diário, mesmo com toda essa confusão é aqui, quando a corda aperta, elas estão aqui de imediato, mas não vou me referir a obrigação, é o que chamamos de família, não??? Serei eternamente grata por todo esse apoio e não vejo com ingratidão querer ter o meu espaço.
Não aguento mais conviver com a Ingrid pré adolescente, morro de saudades da irmã gostosa, gorducha que ela foi atééé, hoje, aos 12, praticamente 13, ela se comporta com uma bebê de 3, afinal, ela é vista assim não só pelo pai e pela minha mãe, mas como pelos colegas, pelos vizinhos, uma criança sem limites - 13 anos, criança? Não mais, e sim uma pré adolescente, rumo a uma fase complicada, mas deliciosa de se viver.
Ontem, se eu estivesse passando pela calçada de uma casa qualquer e ouvisse o escândalo que ela estava fazendo eu juro que pensaria que estavam fazendo algo muito grave contra aquela pessoa, que gritava, urruva, chorava, desesperadamente, um choro de raiva, descontrolado, simplesmente, pelo fato do seu celular novo, ter caído no chão em meio a uma malcriação a minha mãe e ter lanhado um pedacinho do visor.
Como se não bastasse todo esse escândalo com a Sofia mamando, que a cada grito, dava um pulo, ainda essa mesma pré me entra no quarto, onde a Sofia está naquele momento zen, mãos para o alto da cabeça, chupetinha, quase dormindo e continua os seus gritos e berros, a assustando mais uma vez.
É, conheci o tal do instinto materno. Não pensei nem 1 vez sequer, já levantei empurrando ela e me descontrolei totalmente. Isso é vida? É só uma passagem de muitas outras que já presenciei. Não me esqueço de quando estava grávida, em meio a uma discussão idiota durante o almoço entre irmãs, ela vira e diz: ' ainda bem que não fui eu que engravidei de um cara que não tem onde cair morto' É. Aos 12 anos, totalmente sem freio e sinceramente, não sou eu quem vou freiá-la.
Ela é uma menina boa, carinhosa, em todas as fotos da maternidade tem a mão dela ali, ou na Sofia, ou em mim, tenho plena certeza que nos amamos e muito, mas a convivência está cada vez mais impossível e dolorosa.
Sinto muito por isso, mas sinto também que a minha hora está chegando. A minha missão tem outro nome e se chama SOFIA.
Beijos,
Mamãe.