quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mãe por 25 horas.

Até hoje me pergunto da onde veio a mãe Juliana. Até hoje me pergunto da onde veio tanta força, tanta dedicação e tanto tempo para dispor simplesmente a SOFIA, apenas ela, 25 horas do meu dia.
Ser mãe em tempo integral é delicioso, mas estaria sendo mentirosa se ficasse aqui apenas romantizando o quanto é incrível passar o meu dia inteirinho apenas cuidando da Sofia.
Eu canso, tem horas que canso, que me sinto esgotada tanto fisicamente falando, como emocionalmente, sinto saudades de ser útil a mim mesma, estudar, ficar aflita por uma prova, trabalhar, sair do trabalho e ir tomar um chopp, curtir um cinema, um banho mais demorado, dedicar tempo a mim, a Juliana e tentar deixar a mãe Juliana um pouco de lado.
Acredito que esse conflito é vivido por TODAS AS MÃES DO MUNDO INTEIRINHO, é um choque radical que sofremos e que só nós mesmas podemos resolver aqui dentro, no fundinho das nossas emoções. Aquela mãe que disser que nunca se sentiu assim, que nunca passou por isso, estaria sendo completamente fantasiosa, acho que esse conflito já vem no dna materno.
Já postei aqui dizendo que achava que a fase mais complicada, que exigia mais era a do recém, me enganei totalmente, a cada dia a Sofia exige mais de mim, com relação a tudo, até força física mesmo, sentar, levantar, segura, apoia, usa um braço só, pega coisas com o pé, enfim, malabarismos que só as mamães sabem fazer. Ela exige atenção 24 horas, exige cuidado, agora que está querendo engatinhar principalmente, os dentinhos já coçando, a alimentação, a amamentação que está reduzida, enfim, são muitas coisas novas para nós duas.
Até seguindo o parágrafo anterior, falando sobre a amamentação, tema tão batido, mas tão importante não só para nós mamães, como para os nossos filhos e eu, Juliana, posso dizer com todas as letras que SOU MUITO FELIZ por amamentar, experiência única, sensação única, seria impossível descrever em palavras a sensação incrível que é alimentar a tua cria, o teu filho, o quanto é incrível a produção de leite, eu curti tudo isso, ficar observando o leite branquinho, provei, tirei, fiquei P da vida por ter ganhado umas estrias, fiquei minutos no espelho achando meus peitos caídos, senti impaciência por amamentar de madrugada, cansaço, senti orgulho de ter leite de sobra, de ter amamentado exclusivamente até os 6 meses de vida da minha filha, enfim, curti amamentar na rua, horas me irritei com tanta exposição...acho que curti de verdade amamentar.
Hoje, Sofia está perto de completar 7 meses de vida, já come papinhas, frutinhas, sucos, mas o leite ainda é o materno, e isso tem me feito pensar na idéia de começar a introdução do leite artificial, pois me sinto divida - a sensação de dever cumprido por ter amamentado exclusivamente até os 6 meses de vida dela e o cansaço da madrugada, a falta de liberdade que a amamentação exclusiva impõe, a saudade do meu ir e vir sem hora para voltar, de ser útil a mim mesma, por um tempo no meu dia de 25 horas por SOFIA.
Já tentei introduzir a mamadeira com o meu leite e NADA, ela rejeitou e confesso que o comodismo reinou e eu deixei para lá, ela pega super bem mamadeira com suco e água, já está comendo bem, portanto, vou voltar o processo de introdução da mamadeira com leite artificial de soja, pois a minha idéia é amamentar apenas a noite, talvez, não sei ainda, quero voltar a trabalhar, então não são todos os empregos que me dão tempo para esvaziar as tetas, enfim, a idéia está surgindo ainda, amadurecendo, a culpa bate às vezes, a saudade de senti-la tão perto de mim também, coisas de mãe...
Bem, o post acabou falando de outras coisas, mas que giram em torno do fato de ser mãe em tempo integral, o quanto admiro as mamães que cuidam ativamente dos seus filhotes, mas o quanto admiro também aquelas que assumem que quando bate a necessidade emocional de voltar a ativa, aquelas que tem força, garra, determinação, por mais que doa, que a saudade seja absurda, o medo, receio, a insegurança, admiro de verdade as mães que assumem esse sentimento, assim como eu estou fazendo.
Chegou a minha hora de ir, de voltar, de me sentir útil a mim mesma, de respirar um pouco de liberdade até mesmo por ela, para me sentir cada vez mais mãe da Sofia em todos os sentidos, ser responsável por ela, pelo seu crescimento e que eu possa crescer junto com ela, chegou a minha hora de verdade.
Não sei ao certo como vou organizar toda essa mudança, mas uma coisa é certa: ela está bem perto de acontecer!
Um beijo enorme a todas as minhas queridas amigas, mamães e guerreiras!
Manu, beijo querida, logo vou lá no seu cantinho! Saudades.

2 comentários:

  1. Oi Ju,

    Li o post anterior e quero dizer como fiquei feliz com tudo isso de bom que tem acontecido em sua vida. Acho q era disso que vc precisava, respirar novos ares e voltar a sonhar!
    Olha, eu te confesso que gostaria muito de ser mãe em tempo integral, mas financeiramente falando não posso me dar esse luxo. Já chorei, já resmunguei, já briguei. Me sinto culpada, por que infelizmente algumas coisas saem totalmente do nosso controle. Mas, agora tbm estou vivendo uma nova etapa. A Sophia está indo pra escola semana q vem e eu estou muito feliz.
    Te desejo tudo de mais maravilhoso da vida e fiquei feliz com seu retorno, a blogsfera não é mais a mesma sem vc.

    Bjs e saudades!

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  2. Já sumiu? Ah não... Dá notícias vai!

    BJs e saudades.

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