Eu queri postar apenas coisas boas, mas já tem um tempo que as coisas não andam tão boas assim, apesar de já conseguir observar alguns avanços desde que toda essa trajetória começou na minha vida. Engraçado é que a Sofia vai fazer 9 meses (já!) e até hoje ainda ouço absurdos dentro de casa com relação a família por parte do pai dela e principalmente quanto a ele.
Jamais vou pintar o pai dela um santo, mas também não é função minha puxá-lo cada vez mais para baixo, seja através de atitudes ou de palavras - acreditem, palavras tem o máximo poder. E dentro da minha casa é praticamente desde a hora que eu abro os olhos, até a hora que os fecho para dormir, ouvindo piadinhas insuportáveis durante todo o dia, algo que não vai mudar o que já se foi e muito menos acrescentar no que está por vir.
Sério, cansei minha gente. Tenho noção que somos responsáveis pelo o que cativamos, sei que por muitas vezes o Vitor deixou a desejar, mas sei também que de nada adianta falar o dia inteiro uma realidade que já existe há 9 meses.
Eu ouço coisas terríveis, que apesar de estarem sendo ditas com uma certa dose de ''amor'' e preocupação, não tem como ter sangue da dona baratinha o dia todo, eu explodo também, rebato, mas não é assim que quero viver, muito menos criar a Sofia. Fico em uma sinuca de bico enorme, pois tirando o que eu sou capaz de enxergar com os meus próprios olhos e tirar as minhas conclusões pessoais, ainda tenho que conviver com a opinião na maioria das vezes dura diariamente.
Gente, será que eu no futuro vou ser assim com a Sofia? Será que apesar de mãe vou ter esse direito de intervir dessa maneira na vida dela? Não suporto mais conviver com certas atitudes, de ambas as partes, mas eu precio relevar alguma delas por motivos meus, pessoais meus, não importa o que os outros pensem ou julguem, dane-se, a vida é minha e de mais ninguém.
Agora o foco é a saúde, por mais que eu repita que está tudo bem, que estou super tranquila com tudo isso, só eu sei o que estou sentindo e ainda ter que acordar e dormir com as mesmas palavras insuportáveis, o mesmo comportamento irritante, é um saco. Eu acabo potencializando tudo, às vezes tiro conclusões que não são minhas, conceitos que não são meus, de tanto ouvir em casa acabo até brigando com ele diversas vezes e depois penso: Eu não agiria assim! E aí, tarde demais, o desgaste já foi feito. Assim tem sido por 2 anos da minha vida.
O Vitor está abrindo uma loja de lanches, por enquanto ele e mais um amigo, estão começando como muita gente começa, na garagem. Pois é, estão transformando a garagem desse amigo em uma lanchonete de sanduíches, tanto hamburgues, como naturais, açaí. A loja fica bem no final de uma rua aqui perto de casa, será a princípio mais para entrega, pois a loja é escondida, mas como nós conhecemos muia gente, acho que fazendo uma divulgação legal, tem tudo para dar certo.
Não comentei nada sobre isso aqui em casa, pois daí começam mil especulações, sempre negativas e eu creio muito na força do pensamento, independente de qualquer coisa, é claro que quero vê-lo trabalhando, já falei várias vezes que ele tem uma mão ótima para cozinhar, desde camarão, até pizza, lasanha, faz de tudo e tudo uma delícia ou seja, com sanduíches não serão diferentes. E tudo isso implica (tudo dando certo), em uma certa mudança, acho que finalmente ele vai arcar com as responsabilidades dele quanto a Sofia, coisa que ele tanto diz incomodar, e implica também na possibilidade de construírmos algo maior do que temos hoje, além da Sofia, eu aqui, ele lá, enfim, é um passo ENORME, tem que estar com total SEGURANÇA e sinceramente, vou crer que se for plano de Deus, tudo fluirá para que aconteça, não quero sofrer por antecipação, muito menos dar um passo já com previsões negativas, se for, será para a felicidade.
Confesso que se passam um milhão de coisas na minha cabeça, com relação a tudo o que já aconteceu na minha vida, mas não dá para comer peru de véspera, preciso aprender diante de tudo o que está acontecendo em minha vida, é saber esperar, ter o dom da maturidade. Às vezes fico totalmente perdida, sem chão, com tantas pessoas que tomaram as rédeas da minha vida, com tanto julgamento, tantas confusões, realmente deve ter algo muito bom após a tempestade, assim espero.
Estou indo ao clínico agora, pegar mais um milhão de exames para o risco cirurgico. Já decidi o médico, será o Dr. Janio Nogueira, subdiretor do Inca, foi o médico que tocou meu coração. Rotina chata essa a de exames, entra e sai daquela máquina para fazer a ressonância, agora sabendo que há de fato um tumor na minha cabeça, que me deixou surda, mas que com certeza, após a sua retirada, será um recomeço da minha vida.
Beijos Mamãe.
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