Fáá, recado pra vc e uns tititis!

Antes do post: Fááá, não estou conseguindo comentar no seu blog! =(

Agora sim.

Ontem nós fizemos nosso primeiro passeio com o papai. Fomos comer num restaurante pertinho de casa, um restaurante em que eu e Vitor frequentamos desde criança, logo, Sofia foi A sensação de todo mundo que trabalha lá, muitos garçons me viram na cadeirinha, viram meus pais com 15 anos, viram o Vitor pequenininho, daí, já viu né?

Hoje o dindo Gláuber, fez uma festinha surpresa pra sua namorada e lá fomos nós novamente! Minha primeira vez com ela SOZINHA. Minha mãe me colocou em um táxi e fomos, eu, Sofia, carrinho, bebê conforto, bolsa, no final das contas, deu tudo certo rs.

Quando chegamos levei até um susto! O salão LOTADO e ainda por cima começou a rolar um super samba e nem é com ela! Fiquei super tensa, porque queria sair dali a todo custo, mas o calor lá fora estava insuportável e era festa surpresa - logo, a aniversariante estava pra chegar a qualquer momento, já pensou eu estragar tudo???

Passou um tempinho minha mãe chegou e nós nos mudamos rs! Sentamos do lado de fora, arejado, longe do barulho. Fiquei me sentindo muito culpada por ter ficado uma meia hora com ela no barulho, em ambiente fechado, ai, CULPA MATERNA.

Por falar nela, (até suspirei), nossa, agora eu entendo BEM esse lance de culpa materna! No dia em que fomos passear com o papai, precisei ser multi, pois eu estava sozinha com ela em casa, então, foi tudo comigo, e foi ai que percebi mais um pouco o quanto a minha vida mudou completamente MESMO.

Meu banho não dura mais que 5 minutos mais, é um olho no sabonete outro na babá eletrônica! Maquilagem? No escuro, apenas com a luz do banheiro na penumbra para ela não acordar, e apenas com uma das mãos, a outra balançando o bercinho. Escolher roupa? Bobagem! A blusa mais confortável para amamentar e o único short que cabe, pelo menos é o anterior a gravidez rs!

Pois é, descobri que eu estou sendo alguém que jamais acreditei que pudesse ser. E depois de todo essa correria, apenas para ir DAQUI---ALI, tão pertinho, apenas duas esquinas, por apenas uma horinha, eu me desdobrei em mil. Segura Sofia com uma mão, carrega carrinho na outra, segura o Snoopy para não fugir e ainda arruma tempo pra passar um batonzinho.

Descobri que a todo momento estou me superando, às vezes morrendo de medo de não estar sendo uma boa mãe, em outras tendo a certeza que sou. Às vezes achando que estou surtando, em outras tendo a certeza que estou na minha melhor época. Em outras, com muita saudade de deitar e dormir sem compromisso, de tomar um banho demorado, de escolher roupa, brincos, em outras horas, achando tudo isso minúsculo e fútil perto do que é a SOFIA para mim.

Um fato é certo: A maternidade é realmente exclusivo de nós, mulheres. Acho que além de aguentar a depilação, aguentamos MUITO mais. Nos desdobramos, somos multi, sim, somos muito! Somos capaz de abdicar de desejos profundos, de hábitos que seguimos por uma vida inteira, por um amor incondicional, por um serzinho que nos arranca tudo e ao mesmo tempo nos dá tudo o que há de melhor nessa vida - o verdadeiro AMOR, sem barreiras.

Diversas vezes achei que fôsse perder o juízo perfeito nesse último mês da minha vida e acho que ainda vou pensar isso várias e várias vezes. Sorte é ter a Sofia, sorte foi ter recebido essa dádiva e mais sorte ainda, é pedir e receber de Deus, e do meu grande amigo, Messias Meishu Sama, a força que peço todos os dias para conseguir ir adiante.

Sorte é tê-la comigo e nunca mais me sentir só. Sorte é olhá-la, reparar suas mãozinhas e sorrir, simplesmente por tê-la aqui comigo.