Eu desisto de tentar excluír a fase que estou vivendo agora do meu blog, afinal é MEU e eu escrevo o que eu bem entender.Aliás, muito obrigada pelas palavras de conforto, é o que me segura quando estou prestes a surtar e hoje foi um dia desses.

Ando muito preocupada com as escolhas que fiz para a Sofia, tenho levado tudo isso apenas com o apoio de Deus e dos meus pais, principalmente da minha mãe que vive 24 por 24 comigo. Não posso exigir que aqueles que considero verdadeiros amigos, disponham de algum tempo em sua semana para me ajudar a superar essa tempestade, confesso que fico um pouco ou um muito sentida, acho que eu faria diferente.

Hoje passei a tarde e o restinho de noite na casa de uma amiga muito querida que é a Dani, me ajudou ficar um pouco longe de casa, mesmo sendo no prédio ao lado, mas pelo menos conversamos, rimos, deu para distraír, ainda desfrutei de um bom prato de macarrão com feijão - valeu Fainii ;)

Mamãe e Dani Faini na Lapa distraíndo.

Parece que não vou suportar, mas ainda assim, procuro me fortalecer no que carrego aqui comigo. Pela Sofia vale qualquer coisa, qualquer dor e esforço, está doendo e muito, e dói às vezes procurar um colo extra que não seja o da mamãe e não achar.

Me sinto um pouco boboca em certas ocasiões, não sei se é bondade demais, ou tamanha a minha idiotice de permitir ainda que certas pessoas façam parte da minha vida. Não adianta, meu coração não pede a presença de duas delas e não posso querê-las de volta apenas por carência ou pela fase difícil que estou vivendo.

Ser amigo é mais. É saber respeitar e não há nada que me faça tirar da cabeça tudo que penso a respeito de dois deles que muito me foram especiais um dia e hoje sinceramente, ando dispensando a presença na minha vida, é mais forte que eu, é o meu coração que grita por isso.

Eu espero que a madrinha da Sofia, a Mari possa ser presente na vida dela, ela me assegura isso, e eu até então, sou segura disso, não foi a toa que a escolhi como dinda, o que para mim não significa apenas um gesto de amizade e sim de muita responsabilidade. É uma pena que ela não possa acompanhar de perto a minha gravidez, tem seus motivos, não estou aqui para condenar, em 7 meses de gestação recebemos 3 visitas e algumas ligações, pelo menos com a Sofia eu espero que seja diferente.

Pode ser que eu esteja super sensível e bem mau humorada por tudo que estou vivendo, mas sei que há de passar e como a Fá, uma mamãe muito querida a qual acompanho o blog, me disse sabiamente - os cacos nos reunimos e nos tornamos mais fortes. É assim que vou superar tudo isso e ser mais forte, eu já cheguei até aqui, posso chegar bem longe.

Aproveitando para agradecer o carinho de uma amiga que por um bom tempo ficamos afastadas, mas algo maior trouxe ela pra perto novamente - a minha filha. Obrigada Joana, pelas palavras e repito - seremos sempre e Mônica e a Magali de 13 anos atrás.

Recebi a notícia de que o pai da Sofia está muito mal com tudo isso, não é para menos e não seria diferente, mas isso não me comove sinceramente. Quero ir até o fim, eu preciso ir até o fim, atos impensados resultam em ações como a que precisei tomar.

Não sei ainda ao certo pelo o que estou sofrendo mais, de qualquer forma, me sinto atingida por muitos lados e estou lutando a todo momento para conseguir me equilibrar novamente para esperar tranquila a minha princesa.

A dor é minha, não adianta querer dividir com quem quer que seja. Agora eu preciso de uma mão amiga, estendida, um apoio, um dia de sol, nem que seja um sms dizendo ''oi, estou aqui''. A vida é uma correria só, eu vivo essa correria, às vezes não dá tempo nem de digerir essa tal dor a qual me refiro.

Mas tem a recompensa e ela tem nome - Sofia.

Por ela, pelo meu amor imenso que eu vou conseguir.