Oi, meu nome é Juliana, tenho 26 anos, ex estudante de Direito, trancada no Jornalismo, trabalho fora e gasto das 24 horas do meu dia, 4 horas no trânsito, levando 12 horas fora de casa. Oi, eu resolvi morar com o pai da minha filha há 2 meses, contrariando a família, oi, eu sou uma mãe que está acompanhando uma filha linda nos terrible two. É, ele existe. Existe também os meus terribles 26.
Ah! Não é novidade meu nome para ninguém, mas os terrible two da Sofia misturados com o meu momento atual foi igual a: 2 dias em casa com estafa física e mental, diagnóstico médico = stress e excesso de cafeína, no meu caso, MATE E ICE TEA COMO ÁGUA.
Terrible two...birra+beliscões+arranhões+choros+pirraças+sejohanochão - em qualquer chão, rua, casa, o que importa é si jogá+uma mãe cansada+uma mãe se sentindo rejeitada+uma mãe que chora+ uma infinidade de sentimentos juntos.
Há um tempo atrás, li uma sequência de posts da minha querida amiga Manu, mamis de Sophia, falando sobre a mesma fase que estou vivendo, ela insatisfeita com o emprego, mas precisando muito dele, pensando nela se forma singular, mas tendo que se dividir em jornada tripla = casa+filho/marido+emprego, cansaço, perda de forças, choro, choro, o mundo acabou e por ai vai. Manu, como lembrei de vc esses dias! E por coincidência era a fase parecida das nossas Sofias, a chegada dos dois anos, onde a criança começa a perceber que ela PODE, que ela pode querer, mas ela quer PODER tudo, e as birras são intermináveis e eu começo a perceber que aquela minha Sofiazinha, foi-se, mas sei que é por um tempo, então eu choro, choro muito, me irrito, peço a Nossa Senhora da Paciência, que me dê a tal, penso no Vitor que está se esforçando para não me ver de cabelos em pé, e o quanto eu acabo desgastando as minhas relações, não apenas com ele, com ela, mas no trabalho inclusive, perdendo a paciência com os colegas, querendo fugir no almoço para uma praia deserta, e nunca mais voltar, querendo cozinhar para a Sofia, fazer ela dormir, levar pra escola, ai meu Deus do céu, é muita coisa para pouca letra - MÃE! São só três letrinhas!
E a gente se cobra demais, se culpa demais e a vida passa, vai passando, e ouve demais a opinião alheia, o que o povo tá falando, a gente deixa entrar, mas uma hora o corpo pede calma, a alma pede calma e a gente quer só um cantinho pra se isolar, dormir, acordar, e ver tudo resolvido. É ou não é verdade?
O cenário hoje é um, diferente, bem diferente do que eu gostaria que tivesse sido e esse IA, do gostarIA é que me deixa assim, uma pilha humana, ligada no 220 o tempo todo, querendo sempre algo que agora NÃO VAI ACONTECER, simplesmente porque a vida mudou MESMO e porque agora é para ser assim.
Fico me cobrando porque estou trabalhando, mas queria mesmo era tá estudando, me formar, tirar carteira, falar inglês fluente, começar o espanhol, malhar, poder sempre deixar meus cabelos com cara de limpos e penteados e por outro lado - Tenho agora um emprego que me ajuda financeiramente, uma nova vida a dois, uma filha a beira dos 2 anos, vivendo um turbilhão dentro dela, e acabo deixando isso tudo passar com ''menos'' importante, onde na realidade, sendo redundante, essa é a MINHA realidade pelo menos por HOJE, amanhã, não serão mais os terrible two, serão os terrible four, five.....menos terribles eu acho, eu não estarei mais nos terrible 26, e sim depois dos 30, quem sabe mais madura, ele, será um pai de 36 anos, espero que mais estabilizado emocionalmente e financeiramente que hoje, a Aika, nossa cadelinha, deixará também seus terrible ''oi, sou filhote e como tudo o que vejo sem medir consequencias'', e terá seus 4 anos, comportada, adestrada, linda de se ver, tipo tapetinho de pêlo....
Respira mamãe, respira. Volte a terapia. Encare os fatos. Encare as pessoas. Encare que ela AMAM falar, AMAM julgar e AMAM se dizer pessoas modelos, encare e FILTRE. Essa é a minha consciência falando comigo e ela é tão legal que divide com vocês, pois se tem alguma mamis que irá ler esse post, com certeza, sem ciúmes, de boa, eu divido minha consciência com vocês, numa boa!!!