segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eu juro que depois da descoberta desse tumor na minha cabeça, e achei e acreditei que seria um bom motivo para uma mudança significativa do Vitor, só que nada mudou, as mesmas coisas ainda acontecem e agora parece que não me entristecem mais, se tornou um ciclo vicioso.
A Sofia já vai completar em janeiro 1 ano e quando eu olho para a minha gravidez, começo do ano passado, já se vão praticamente 2 anos, está tudo da mesma maneira, sem nenhuma grande evolução, tudo do mesmo jeito! É muito desgastante essa relação, mas apesar de todo esse desgaste, não consegui ainda superar a presença dele na minha vida.
Agora com toda essa história de cirurgia, depois um mês em casa se recuperando, apesar da força de todas as orações, a possibilidade de sequelas nem que sejam por um tempo, enfim, eu não esperava passar por isso tudo agora, acabo ficando muito mais sensível, sem o menor apoio dele, o menor, e me faz pensar, será que eu tive um filho de um monstro, meu Deus? Será que só eu não enxergo?
Ainda consigo olhar determinadas situações e imagina como seria se um dia nós conseguíssemos viver aquilo ali, coisas simples, construír uma família, aprender a se respeitar, viver uma vida de respeito, de amor, de verdade. Acho que quando a gente constrói ou por conta de alguma determinada situação, você meio que se obriga a construir um sonho junto daquela pessoa, é esquisito, eu ainda não sei se criei uma mentira dentro de mim.
É muito louco e muito triste.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

e se eu tivesse feito tudo diferente...

Tem horas que eu perco as forças e tudo parece sem graça, sem cor. Toda essa mesma rotina diária, toda essa mesmice, todos os dias as mesmas coisas. Às vezes dá um desanimo, uma vontade de sair correndo e não voltar mais. De passar a mão na Sofia e ficar um tempo longe. Dá vontade de recomeçar bem longe.
A minha cabeça fica se chocando o tempo inteiro, hora todos os pensamentos estão em ordem, em outras, tudo está completamente bagunçado e tudo parece totalmente sem sentido. Em certos momentos parece que vem um furacão com nome, endereço e telefone, me questiono tanto se é realmente isso, em outros momentos, para me acalmar tento me convencer de que Deus saberá o que é melhor.
Sério, eu estou muito cansada da vida que estou levando! Não digo quanto à maternidade, mas justo agora quando eu ía começar a dar os meus primeiros passos veio a notícia do tumor, e isso tudo tem me desgastado demais. É acordar e dormir, sabendo que a vida está amarrada a isso até...É ter um milhão de planos e ter medo de não realizar um sequer deles, medo do tempo.
O desanimo e o desgaste são físicos mesmo, eu estou completamente de saco lotado da rotina que estou vivenciando, inclusive principalmente dos problemas que não são meus e que eu respiro diariamente, seja em casa, ou com o Vitor, agora o momento está sendo de calmaria com o meu pai, mas nunca se sabe até quando.
Ficam um milhão de questionamentos na minha cabeça quanto a minha vida por completo, e se, e se, e se, e se....vai saber, e se eu tivesse feito TUDO diferente, vai saber. Mas já está TUDO feito, a verdade é essa, todas as minhas escolhas conscientes ou não foram feitas.
Eu fico pensando se sou feliz e me sinto mal às vezes por não me sentir nessa plenitudade justamento agora quando sou mãe, mas parece que desde então, a minha vida se amarrou à tantas coisas complicadas, que toda vez que quero dar um passo, parece que algo faz voltar dois para trás, e sigo nesse ciclo pra mais de 5 anos, em todos os setores da minha vida, seja profissional, sentimental...nada está resolvido da maneira como eu gostaria.
Que post negativo, talvez o primeiro tão negativo quanto esse, mas é realmente como me sinto hoje. Vontade de recomeçar, só isso. De colocar os meus sonhos em prática, vontade de viver a vida que eu quero. Ai, está tudo muito confuso.

domingo, 23 de outubro de 2011

Operação espiritual - o relato

Depois da maternidade, sem dúvidas, a operação espiritual por qual passei no dia de ontem, foi uma das maiores experiências que vivi em toda a minha vida. E é por isso que merece um relato aqui no meu querido blog!
Para quem assistiu o filme '' Nosso Lar'' já pode ter uma idéia de como acontece esse tipo de cirurgia, me senti em pleno filme, tudo MUITO parecido! Aconteceu no Centro Espírita Tupyara, muito famoso por grandes curas até em casos muito mais graves que o meu, para ter uma idéia, até um tempo atrás eram realizadas no mesmo dia até 600 cirurgias, hoje eles reduziram para no máximo 300 e eu fui uma das 300 pessoas que estavam lá ontem.
Chegamos pela manhã lá, eu, Sofia, Ingrid e minha mãe. Tem todo um preceito a ser seguido no dia que antecede cirurgia: não comer qualquer tipo de carne, inclusive peixe, abster-se de relação sexual, para quem fuma, do cigarro, de bebida alcóolica, enfim, dos pecados da vida humana. E assim, todas nós fizemos, inclusive a Sofia, ficou só na sopinha de legumes! É recomendado também um banho de rosas brancas ou de sal grosso, para purificar o corpo e o espírito, preparando tudo bem direitinho e com muita fé, assim nós fizemos também.
No dia em que fomos lá marcar, fomos atendidas por um senhor, médium da casa, chamado Reis, parece realmente um médium vivo, aqueles velhinhos com cara de bondade, que passam paz, que transmitem só coisas positivas, impressionante como os médiuns lá passam esses sentimentos! Nesse dia em que fomos marcar, foi a primeira vez que pisei lá, confesso que senti uma emoção inigualável, o altar é simplesmente LINDO - todo azulzinho, com nuvenszinhas branquinhas, uma imagem linda de Jesus, imagens do Papa João Paulo, Nossa Senhora da Conceição, os caboclos da casa, Bezerra de Menezes, o grande mestre da medicina espiritual e muitos outros.
Fiquei encantada ao ver a Bíblia do Papa João Paulo II, ele doou para o centro, fica em um altarzinho, achei tão especial aquele gesto...parece realmente um pedacinho do céu. Continuando...
Chegamos lá antes das 10 da manhã, com todos os preceitos seguidos, todas nós de branco, almoçamos por volta das 11 no refeitório, pois ao meio dia começam a chamar os pacientes. Antes da chamada são feitos cantos, saudações, uma energia tão positiva, com toda a sinceridade do mundo e com o maior respeito a minha religião - você sente como se estivesse em um pedacinho do céu, bem perto de Deus e de Jesus Cristo.
No momento em que antecede a chamada para a cirurgia os parentes devem dirigir-se para uma outra parte, e assim elas fizeram. Fiquei eu e eu mesma, na fila da emergência, o senhor Reis me colocou para ser logo uma das primeiras. E fiquei observando os pacientes da emergência, eram senhores em cadeira de rodas em sua maioria, algumas mulheres também e o que mais me chamou a atenção foi o Bernardo: 3 aninhos, cego dos dois olhos, em uma cadeira de rodas. Quando ele chegou a Sofia ainda estava lá perto de mim, a mãe dele pediu se ele podia tocar nela, pois era cego. Claro que eu permiti, os dois ficaram conversando na linguagem deles, um tocando o outro e nesse momento eu percebi o quanto eu era feliz, o quanto eu devo agradecer a Deus todos os dias por tudo o que tenho.
O Bernardo é gêmeo da sua irmãzinha, que pelo o que deu a entender, nasceu sem problemas físicos e mentais, mas sendo super sincera, ele apesar de ser cego, parecia entender TUDO, super esperto, abriu um sorriso enorme quando falamos com ele, nós desejamos toda a felicidade do mundo àquela família e muito emocionada eu disse a mãe dele: ' Ele pode não enxergar com os olhos físicos, mas enxerga com os olhos do coração, da alma. Seu filho é lindo e especial como todos os filhos. ' Ela me agradeceu e ali, vendo aquela mãezinha, com ele no colo, a cadeira de rodas, ela acariciando o seu filhote, eu tive a certeza que o fato de ter um tumor benígno na cabeça, não era NADA, que eu era muito feliz por tudo o que tenho na minha vida. A partir daquele momento eu só fiquei desejando que todos ali tivessem sucesso em suas cirurgias.
Enfim, fomos chamados. Precisei colocar um jaleco branco antes de entrar na espécie de um ambulatório, onde haviam cadeiras brancas, na sala que antecedia a enfermaria e a sala de cirurgia. Impressionante o FRIO que é lá dentro sem ter ar condicionado! A energia espiritual é incrível! Todos os médiuns vestidos de enfermeiros, os homens de calça e jalecos brancos, as moças com aqueles saiões, blusa de botões e chapéuzinho de enfermeira na cabeça, totalmente igual ao Nosso Lar!
Pois bem, assim que entrei, foi me dado o jaleco, eu já estava tremendo um pouco de frio, de nervoso, e só consegui abotoar UM BOTÃO. Fui dirigida até uma das cadeiras, sentei-me, veio um médium enfermeiro e me pediu para elevar o pensamento a Jesus, fechei os olhos por um segundo, abri, ele estava me dando um passe, espécie de uma pré limpeza para entrar no centro cirurgico, o passe é energia através das mãos, não há qualquer espécie de toque, apenas as mãos estendidas, dura questão de 30 segundos.
Logo após o passe, fui para as cadeiras da enfermaria e lá sim me senti totalmente no filme - a enfermaria! Gente: Várias camas forradas de branco, tudo azul, as cortinas, a luz, cada leito com uma cama e um vasinho com uma rosa branca, no fundo a imagem de Bezerra de Menezes, uma mesa com a enfermeira chefe. Pois bem, me sentei na cadeira para esperar a minha vez de entrar no centro cirurgico quando me deparei com o seguinte: Quando me olhei, TODOS OS BOTÕES DO MEU JALECO ESTAVAM FECHADOS, sem NINGUÉM TER ME TOCADO. Olhei novamente, fiquei meio abobada, pois lembro que fechei o primeiro botão muito mal, e em questão de minutos, quando percebi, ali, acordada, consciente, todos os botões fechados! Creio que tenha sido alguma enfermeira espiritual mesmo...foi só o primeiro dos sinais.
Na minha frente entrou uma senhora e eu, o centro cirurgico - TOTALMENTE igual a um centro cirurgico da vida 'real', com a cama, os médiuns que estavam ao redor da cama, estavam vestidos como médicos, com máscaras cirurgicas, havia um médium mais velho de todos a parte, apenas em pé, de olhos fechados, com a mão no peito, do tipo que estava orando, uma mesinha com as fichas e uma enfermeira sentada.
Sentei para esperar a minha vez. Assisti a duas cirurgias, comecei a ficar realmente nervosa, ansiosa, com muito frio. E vou contar como foi: A sala é meio escura, com uma luz azulada, a energia é incrível, o frio de centro cirurgico idem, não há nada de diferente de uma cirurgia carnal, a diferença é que NÃO HÁ USO DE MATERIAL CIRURGICO.
A enfermeira confirmou meu nome, a mesa estava preparada, deitei, eles me enrolaram em panos brancos, para facilitar depois a minha retirada para a maca. A enfermeira fala em voz alta - SEJA BEM VINDO DOUTOR JOAQUIM MURTINHO ( o médico espiritual que me operou), vem uma enfermeira com um copo de água que eles chamam de remedinho, uma água sagrada, bebi, fechei os olhos, apagaram a luz, oraram um pai nosso, me retiraram da mesa de cirurgia e me colocaram na maca.
Eu estava meio confusa, tentando rezar, ao mesmo tempo saber se estava viva, porque era tão real a lembrança do filme, de André Luís naquela enfermaria, que eu pensava meio confusa na Sofia, sem conseguir me mexer direito, quando um enfermeiro disse no meu ouvido com uma voz tão doce, suave...'' Não precisa se mexer, fazer esforço. Feche os olhos, eleve seu pensamento a Jesus, peça pela sua saúde, reze um pai nosso e uma ave maria.''  Nisso estavam me levando na maca até a enfermaria, fiquei na cama, deitada de barriga para cima, tentei rezar, pedir, enfim, saíu um pai nosso meio sem jeito, uma ave maria distorcida e um MUITO OBRIGADA MEU DEUS. Estava com o corpo meio pesado, não conseguia mover direito, mexi um dedo para saber se eu estava ali, presente de corpo, e toda hora pensando na Sofia, no filme, até que resolvi me mexer, virei um pouco a cabeça, abri os olhos, o senhor de cadeira de rodas estava no leito ao meu lado, no outro, a moça que eu assisti a operação, estava adormercida, no final do corredor, a chefe da enfermaria, sentadinha, com os enfermeiros ao seu redor, impressionante como você sente a energia espiritual que fica até difícil de descrever em palavras.
Logo em seguida, veio o Bernardo para dois leitos depois do meu. Estava falante, fazendo baguncinha, olhei para o outro lado, havia um outro garotinho fazendo sinal de ok para o enfermeiro, fiquei olhando tudo, meio lenta, até que veio uma enfermeira, de cabelos claros, escorridos, pediu para que eu levantasse bem devagar, sem abaixar a cabeça, vestiu meus sapatos, me entregou a minha garrafa com a água sagrada, o remedinho, e me conduziu até uma outra salinha para receber as orientações do pós-cirurgico.
Quando entrei nessa salinha, ainda de jaleco, me sentei, e olhei para o jaleco, havia uma mancha de sangue, tipo respingado, mais uma vez fiquei CHOCADA - não há uso de NADA CORTANTE, o operação dura uma oração do Pai Nosso, ou seja, questão de segundos, e ali estava a mancha de sangue no meu jaleco. Fiquei feliz, ao mesmo tempo estarrecida, recebi todas as orientações e fui até a minha mãe, mostrei o sangue no jaleco para não achar depois que era alucinação, rs, era real! O jaleco do botão, o jaleco que estava tão branco, foi fechado por alguém, e o meu sangue ali respingado.
Bem...horas depois, meu pai me ligou surpreso. Pesquisou na internet sobre o médico que me operou e descobrimos o nome completo dele: JOAQUIM DUARTE MURTINHO. O meu nome é JULIANA DUARTE. Esse médico nasceu no dia 07 de dezembro de 1848, faleceu em 1911, foi médico homeopata, formou na Universidade do Rio de Janeiro, na época era Ministro da Fazenda, no governo Campos Sales, e trabalhou na equipe de Bezerra de Menezes.
É minha gente....religiões e crenças a parte, mas devo confessar que além de messiânica, sempre fui espiritualista, essa experiência só comprovou mais ainda no que eu creio: Estamos aqui de passagem. Quando olho a mãozinha tão pequena da minha filha, tenho total noção que pequena é só a mão, pequeno é só o corpo, o espírito pode ser milenar, tão velho quanto um monge sábio. Percebo o quanto estamos sob constante evolução, que quando assisti o filme Nosso Lar, achei algumas coisas meio 'viagem', mas após ter passado por essa experiência pude comprovar na pele literalmente que o mundo espiritual é LINDO, perfeito, que devemos sempre agradecer aos nossos antepassados, aos nossos familiares que já estão no mundo espiritual, tentar praticar ao máximo boas ações para que lá eles possam se elevar, lembrar que somos pequenos demais perante à Deus.
Obrigada Senhor, obrigada Jesus, obrigada meu grandioso amigo, mestre Meishu Sama, obrigada Dr. Joaquim Duarte Murtinho, obrigada aos meus pais e amigos por fazerem parte dessa minha jornada e por essa oportunidade.
Essa semana vou refazer os exames que da última vez que tentei fazer, a máquina deu erro, a luz acabou, tudo deu errado em um laboratório de última geração...parecia que antes eu precisava mesmo viver essa experiência e se Deus achar que ainda assim, devo ir para a cirurgia carnal, vamos lá! Confiante ainda mais no mundo espiritual.
Ah, só um detalhe: Os curativos são feitos em casa, durante três 4f, o Dr. Joaquim às 22 hrs, vêm até a minha residência. Preceitos seguidos novamente e MUITA FÉ.
tenha fé, vai na fé, NUNCA PERCA A FÉ EM DEUS!!!

Beijos, Mamãe.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Adulta aos 25?

Em algum blog desses da vida de mamães eu vi um depoimento de uma mãe dizendo que havia sido mãe aos 17 anos pela primeira vez, que aos 17, tudo tinha sido um desafio, depois foi mãe aos 25, ela se classificou como ADULTA ( esse foi o meu maior ponto de reflexão e vou explicar porquê) e contou que aos 25, tudo foi mais fácil, mas com ainda superando desafios. Aos 37, ela engravidou novamente e GÊMEOS e aos 38, veio o caçula, ou seja, aos 38 anos, ela classificou a MELHOR época para se ter filhos, a maturidade TOTAL, aos 38 anos com 3 bebês e mais 2 filhos crescidos.
Ela comentou sobre a paciência as 38, bem diferente da paciência aos 17, aos 25, comentou vários pontos super bacanas e é uma pena que eu não lembre o blog para fazer referência aqui do post completo! Comentou que hoje aos 38 anos, beirando os 40, uma fase super madura da vida, que ela consegue dar conta direitinho de tantos bebês, apesar de ainda ter vontade de sair correndo da rotina assustadora que é quando se tem tantos filhos, imagino eu, ela diz que basta olhar aqueles rostinhos, o sorrisinho e tantas crianças em casa, que a tensão é logo esquecida.
Eu refleti em vários pontos do depoimento dela, mas o que mais me chocou foi quando ela classificou a idade de 25 anos como ADULTA - biologicamente falando sim, mas será que eu sou uma adulta, gente? Me peguei pensando no meu próximo filho, qual seria a idade madura, será que todas seguem a mesma regra?
Em casa eu tenho dois exemplos quanto a isso, primeiramente a minha mãe, que após 12 anos, aos exatos 36 anos deu a luz a Ingrid, que por sinal hoje está fazendo 13 aninhos! Parabéns, titia amada! Nós te amamos muito! Chata = ) E ela diz que diferente de quando eu nasci, ela tinha apenas 24 anos, tudo foi diferente quanto a Ingrid, aos 36, ela diz que se sentiu mais mãe, mais madura, assim como a mãe do depoimento. E também a minha madastra que foi mãe da minha irmã Natália, aos 33, se não me engano, também beirando os 35 anos, rumo aos 40, percebo uma relação mais madura realmente, mais paciente.
Pois bem, apesar de mãe, apesar de viver vida de adulta, ter idade adulta, acho que não me considero adulta ainda, ou não tão madura o suficiente para ter sido mãe. Não por falta de paciência às vezes, ou por ter a mesma vontade que a mãe de 38, a minha de 48, de sair correndo e largar tudo, mas logo se comover com aquele sorriso banguela, talvez pelas condições que eu tive  Sofia.
Não faço nada a não ser cuidar dela, não me sinto aquela super adulta, que paga as contas no fim do mês, que decide onde o filho vai estudar, que vai ao shopping e gasta o quanto quiser com o filho, que planeja viagens de férias, que vive uma vida marital, enfim, às vezes tenho a sensação de ser a filha que tem uma filha e vive com a mãe, e isso me incomoda DEMAIS.
Sei que é uma fase e sinto muito mesmo por ter sido assim justo comigo, na época mais especial da minha vida, a minha primeira filha, eu queria poder ter feito diferente, mas viver se culpando por isso é muito ruim! Eu penso que as coisas acontecem de acordo com as nossas escolhas, e nem sempre a gente no momento exato tem a noção da escolha 'certa'ou 'errada', o que é um conceito super individual.
A questão é que eu quero ser mãe adulta um dia, seja com a Sofia em breve, ou no meu próximo filho. Acho que ainda há tempo de ser mãe adulta aos 25 anos com a Sofia, só faço 26 agosto de 2012, temos tempo ainda! Tempo de tudo se ajeitar, tempo de párar de tanto sofrimento, tempo de ser feliz novamente, de amadurecer sem apanhar tanto dos acontecimentos da vida, acho sinceramente que ainda dá tempo.
E para o próximo, quem sabe aos 30, 35, 38, 40, que seja também tão especial quanto a primeira aos 25 anos de forma imatura, mas com muito amor e desejo de ser a melhor mãe do mundo inteiro, mesmo quando se faz tudo 'errado', e se culpe por isso, o importante é tentar, tentar, tentar...ser, fazer, enfim, viver essa viagem 'mucho loka' que é a maternidade.
Beijos e mais beijos!
Mamãezinha.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

0.9 !

Hoje a Sofia está completando 9 meses de vida = ) Mais esperta do que nunca, engatinha, é super ágil, já fala pelos cotovelos, aprendeu a gritar e como grita! Já fica de pé sozinha, consegue se apoiando dar alguns passinhos meio tortinhos, adora macarrão com feijão, danoninho, ama a música da Baratinha, do dvd da Galinha Pintadinha, reclama quando a gente a coloca no carrinho, adora passear de carro! Já demonstra entendimento da palavra NÃO, quando vai fazer ''M'' nos olha e solta aquele sorrizinho de - vou fazer, hein!!! Tem 2 dentinhos embaixo apenas, prefere leitinho de soja...enfim, é a coisinha mais tchutchuquinha da mamãe.
Te amo mais que tudo minha princesinha linda! Parabéns filha!!!

Agora eu quero falar sobre um outro assunto...
Não sou a primeira, nem a última a ter tido um filho nas condições que engravidei da Sofia, de um namoro curto como já contei aqui várias vezes. Mas acredito que sou uma das poucas que mesmo diante de TANTO desgaste, ainda tem um certo desejo interno de fazer dar certo. Mas 'perai', fazer dar certo por quem? Pela Sofia, será?
Pergunta super difícil de ser respondida, afinal de contas, eu nunca neguei que tenho imenso sentimento pelo Vitor, e também nunca neguei o quanto é uma relação desgastante e o quanto eu mudei por conta disso tudo e mais, a minha vida mudou desde o dia em que eu permiti a entrada dele nela.
Confesso que já me desgastei mais por conta dos problemas no relacionamento, não só pelo temperamento às vezes um tanto quanto agressivo, pelas diferenças de comportamento, hábitos, valores, a diferença é GRI-TAN-TE, mas tem algo que nos aproxima que não apenas se trata de SOFIA e sim, o amor. É tão conflitante, gente! E esse conflito é desde sempre.
Já está decidido que agora a questão é a saúde e que com a retirada desse tumor, espero que coisas que não servem mais, saiam juntinho! Chega, né! Quero começar o ano de 2012 com tudo, com a corda toda, cheia de planos e realizando-os! Vou tentar continuar entrega ndo nas mãos de Deus a nossa relação.

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Ainda quero postar sobre a compra do carrinho novo de passeio, TDB  da Burigotto, baratérrimo, dos presentes do dia 12 de outubro e sobre fraldas.

Beijos, mami.





quarta-feira, 12 de outubro de 2011

E aí, tudo AZUL?

Quero postar sobre o Dia das Crianças, na realidade falar sobre os presentes que a Sofia ganhou, mas o post de hoje é DECOR! Assunto que eu AMO, ADORO e o dia em que eu PUEDER, com certeza farei um curso, ou quem sabe só ficar decorando o meu lar doce lar.
Então, eu e Sofia dividimos quarto, nosso quarto é relativamente grande, é suíte, coube tudo direitinho, e ainda sobra um espacinho para a Sofia engatinhar.
Quando eu pensei no enxoval de uma menina, dentro das condições que eu tinha, no caso depender totalmente da ajuda dos meus pais para montar o quarto, eu fui bem sensata, comprei o necessário e decorei com a máxima simplicidade. Escolhi a cor da sabedoria, que é o significado do nome dela, o lilás, são 3 paredes em um tom bem clarinho quase que branco, e uma mais forte, temos 2 prateleiras sem enfeites que estão servindo para nada, e 3 caixinhas presas que também não servem para muita coisa, uma está com livros, outra cds e outra com um bichinho de pelúcia - ou seja, nada demais.
Escolhi tudo bem clean, branquinho, cortina branca, enfim, mas imagina olhar todo esse cenário igualzinho há 9 meses? Não é frescura, mas as cores tem forte infuência em nosso dia-a-dia. Quem nunca reparou que as lanchonetes são em sua maioria nas cores amarelo e vermelho? Quem nunca ouviu que o laranja acelera? E que o azul acalma? Tanto que os hospitais em sua maioria tem sempre o branco que dá a sensação de limpeza, o azul que remete a saúde, a paz...as cores, sendo redundante, realmente colorem nossos dias!
Li algumas coisas sobre isso e o lilás ele em demasia causa uma certa apatia, o papai sempre dizia - 'nossa, é só entrar nesse quarto que dá sono'. Tirando o fato da cor, a Sofia é uma sortudinha pelo seguinte - outubro, dia das crianças, dezembro, natal, janeiro, seu aniversário, ou seja - final de ano será uma sequência grande de BRINQUEDOS, afinal, geralmente até os 5, 6, anos, as pessoas costumam dar brinquedos. PRECISAMOS DE ESPAÇO!rs
O chiqueirinho virou depósito de brinquedos e não estou satisfeita com isso, pois ela não tem usado, uma vez que para colocá-la tenho que tirar tudo o que está dentro, e a gente sabe que o tempo de mãe é curto, e precisamos de praticidade no nosso dia-a-dia, portanto, resolvi mudar todo o nosso quarto.
E o projeto é o seguinte:
  • Retirar as prateleiras da parede, deixá-las livre. Retirar as caixinhas, chamadas de nichos, e colocá-las como um móvelzinho ou empilhadinhas, ou prendê-las na altura, vamos dizer, dos meus joelhos, para colocar livros, brinquedinhos que fiquem no acesso fácil para a Sofia.
  • Mudar a cortina e o Kit berço. A idéia é comprar o mesmo tecido para montar o novo kit berço e a nova cortina, pensei em algo puxadinho para o xadrez, misturando o vermelho, branquinho e azul.
  • E a parte que eu mais adoro - a parede! Escolher uma parede e colocar um tom de azul, LINDO, PERFEITO, que estou in love - esse AQUI ! ! !  e as outras branquinhas para não carregar o ambiente.
  • Pensei em colocar mais um móvel no estilo estatezinha bem estreitinha, para arrumar os brinquedos dela, mas a dinda deu a idéia de umas redinhas que vendem no Saara, é uma boa também.
Por enquanto o projeto é esse = ) E o prazo é para antes da cirurgia! A idéia é dar a sensação de modernidade, ao mesmo tempo, tirar essa apatia eterna do lilás, que enjoa, e esse tom de azul, não é clarinho, então da aquele ar de parede de cor e ao mesmo tempo, não muito escura. Acho que a Sofia vai aprovar!  Adoro a combinação de azul, com vermelho e branquinho.
Bem, o post de hoje foi sobre decor, projeto quarto novo, injeção de ânimo para 'guentar' a nova fase que já se foi da cirurgia e das rebeldias da minha mãe rs = )

Filha amada,
Seu dia. Incrível ver o seu sorriso inocente ao receber os seus presentes.Virão muitos e muitos dias como o de hoje.
Te amamos mais que tudo, a sua família é super feliz pela sua existência.
Mamãe e papai ficaram MUITO felizes de comprar um presente para você.
Beijos, mamãezinha.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

fala mamãe, desabafa

Eu queri postar apenas coisas boas, mas já tem um tempo que as coisas não andam tão boas assim, apesar de já conseguir observar alguns avanços desde que toda essa trajetória começou na minha vida. Engraçado é que a Sofia vai fazer 9 meses (já!) e até hoje ainda ouço absurdos dentro de casa com relação a família por parte do pai dela e principalmente quanto a ele.
Jamais vou pintar o pai dela um santo, mas também não é função minha puxá-lo cada vez mais para baixo, seja através de atitudes ou de palavras - acreditem, palavras tem o máximo poder. E dentro da minha casa é praticamente desde a hora que eu abro os olhos, até a hora que os fecho para dormir, ouvindo piadinhas insuportáveis durante todo o dia, algo que não vai mudar o que já se foi e muito menos acrescentar no que está por vir.
Sério, cansei minha gente. Tenho noção que somos responsáveis pelo o que cativamos, sei que por muitas vezes o Vitor deixou a desejar, mas sei também que de nada adianta falar o dia inteiro uma realidade que já existe há 9 meses.
Eu ouço coisas terríveis, que apesar de estarem sendo ditas com uma certa dose de ''amor'' e preocupação, não tem como ter sangue da dona baratinha o dia todo, eu explodo também, rebato, mas não é assim que quero viver, muito menos criar a Sofia. Fico em uma sinuca de bico enorme, pois tirando o que eu sou capaz de enxergar com os meus próprios olhos e tirar as minhas conclusões pessoais, ainda tenho que conviver com a opinião na maioria das vezes dura diariamente.
Gente, será que eu no futuro vou ser assim com a Sofia? Será que apesar de mãe vou ter esse direito de intervir dessa maneira na vida dela? Não suporto mais conviver com certas atitudes, de ambas as partes, mas eu precio relevar alguma delas por motivos meus, pessoais meus, não importa o que os outros pensem ou julguem, dane-se, a vida é minha e de mais ninguém.
Agora o foco é a saúde, por mais que eu repita que está tudo bem, que estou super tranquila com tudo isso, só eu sei o que estou sentindo e ainda ter que acordar e dormir com as mesmas palavras insuportáveis, o mesmo comportamento irritante, é um saco. Eu acabo potencializando tudo, às vezes tiro conclusões que não são minhas, conceitos que não são meus, de tanto ouvir em casa acabo até brigando com ele diversas vezes e depois penso: Eu não agiria assim! E aí, tarde demais, o desgaste já foi feito. Assim tem sido por 2 anos da minha vida.
O Vitor está abrindo uma loja de lanches, por enquanto ele e mais um amigo, estão começando como muita gente começa, na garagem. Pois é, estão transformando a garagem desse amigo em uma lanchonete de sanduíches, tanto hamburgues, como naturais, açaí. A loja fica bem no final de uma rua aqui perto de casa, será a princípio mais para entrega, pois a loja é escondida, mas como nós conhecemos muia gente, acho que fazendo uma divulgação legal, tem tudo para dar certo.
Não comentei nada sobre isso aqui em casa, pois daí começam mil especulações, sempre negativas e eu creio muito na força do pensamento, independente de qualquer coisa, é claro que quero vê-lo trabalhando, já falei várias vezes que ele tem uma mão ótima para cozinhar, desde camarão, até pizza, lasanha, faz de tudo e tudo uma delícia ou seja, com sanduíches não serão diferentes. E tudo isso implica (tudo dando certo), em uma certa mudança, acho que finalmente ele vai arcar com as responsabilidades dele quanto a Sofia, coisa que ele tanto diz incomodar, e implica também na possibilidade de construírmos algo maior do que temos hoje, além da Sofia, eu aqui, ele lá, enfim, é um passo ENORME, tem que estar com total SEGURANÇA e sinceramente, vou crer que se for plano de Deus, tudo fluirá para que aconteça, não quero sofrer por antecipação, muito menos dar um passo já com previsões negativas, se for, será para a felicidade.
Confesso que se passam um milhão de coisas na minha cabeça, com relação a tudo o que já aconteceu na minha vida, mas não dá para comer peru de véspera, preciso aprender diante de tudo o que está acontecendo em minha vida, é saber esperar, ter o dom da maturidade. Às vezes fico totalmente perdida, sem chão, com tantas pessoas que tomaram as rédeas da minha vida, com tanto julgamento, tantas confusões, realmente deve ter algo muito bom após a tempestade, assim espero.
Estou indo ao clínico agora, pegar mais um milhão de exames para o risco cirurgico. Já decidi o médico, será o Dr. Janio Nogueira, subdiretor do Inca, foi o médico que tocou meu coração. Rotina chata essa a de exames, entra e sai daquela máquina para fazer a ressonância, agora sabendo que há de fato um tumor na minha cabeça, que me deixou surda, mas que com certeza, após a sua retirada, será um recomeço da minha vida.
Beijos Mamãe.


sábado, 8 de outubro de 2011

o que cansa é....

Eu sei exatamente o que me machuca, o que me angustia, eu tenho plena noção do que é, mas é tão complicado que tenho até receio e um pouco de vergonha de mim mesma por levar uma situação tão estranha e até hoje não saber resolver. Acredito que o que mais dói são as frustrações de sonhos que idealizamos e acreditamos cegamente, ou, fingimos que acreditamos e toda vez que a máscara cai, vem a tona um milhão de sentimentos.
Hoje fomos a um churrasco em Santa, na casa da dinda Mari, lugar de muita felicidade para mim, passei dias e noites inesquecíveis lá, fora que a família da dinda é aquela família IMENSA, com 200 tias, 300 primos, aquela a GRANDE família! A Sofia é SUPER PAPARICADA, todas as tias querem pegar, os primos querem ficar babando, enfim, se antes eu já era de casa, imagina agora né! E foi um dia com tudo para eu me sentir feliz, alegre e pelo contrário, voltei de lá além de exausta, triste.
É, triste. Passei o dia inteiro repetindo o quanto era cansativo cuidar de criança o dia todo, que eu estava morta, cansada, exausta, enfim, repeti isso infinitas vezes, perdi o bom humor, mas sinceramente? Vou ser SUPER sincera: Eu minto pra mim mesma e como dói, como é difícil. Cansativo é a minha relação com o Vitor, isso sim é cansativo. Há praticamente 2 anos vivemos da mesma maneira, agora a diferença é que a Sofia nasceu, mas tudo parece difícil demais, tudo o que é simples, se torna complicadíssimo.
Sempre vou aos lugares sozinha e isso já frusta na questão que uma vez que idealizo que nós estamos juntos, e ai, então cadê o pai da Sofia nos eventos? Ele NUNCA em 2 anos compareceu em NADA junto de mim, NUNCA. Só que agora é uma questão de ser humano, frequentar junto de mim para que eu possa descansar um pouco, comer com calma, conversar, e pelo contrário, ele é um furacão em forma de gente em todos os pontos, tanto os negativos, como os positivos. Tenta me agradar de todas as maneiras possíveis, mas é incapaz de compreender a fundo a fase que estou atravessando.
É isso o que me cansa, que me deixa completamente exausta. É hoje ser sábado e eu estar aqui em casa, ele na rua, eu cuidar da NOSSA FILHA das 7 às 23, é nunca ter ído a um cinema com ele, contar nos dedos quantas vezes fomos a praia juntos, é nunca ter saído para jantar, enfim, uma relação complicada e que me adoece de uma certa forma ou totalmente.
Dói muito, de verdade não sei como resolver, estou realmente exausta e adoecida de tantos aborrecimentos, frustrações, tentativas de ajudar, de elevar, cansada de sempre acreditar e no fim das contas...É só um deabafo.
Mudando um pouco de assunto e voltando ao churrasco hoje...Quando olho, a Sofia está com um pedaço de batata Rufles na boca, se deliciando, dada pela mãe da Mari, a Tia Neneca, ok, rs, depois, ela se deliciou chupando um belo pedacinho de picanha, dado pela Tia Marise, e depois, um bom pedaço de bolo, dado pela Tia Laura = ) Essas suas tias Sofia...Isso porque a mamãe aqui presa os alimentos saudáveis, evita açúcar e um trilhão de blablablás e no fim das contas a Sofia ter comido até picanha - QUE FASE rs! É preciso ter jogo de cinturinha = )
Ela está na fase do chão, tudo é chão, engatinha o dia todo, ama olhar outras crianças, se joga pedindo chão, já fala pelos cotovelos mama, papa, bobó, aiaiai, eieiei, dá tchauzinho e tudo! Aprendeu a dar mordidinhas, a ser manhosa, a chorar alto demais da conta,  a brigar com o sono, enfim, ela está crescendo né...Vamos completar 9 meses da existência da minha filha, que sonho!
Por hoje é só! Hora de dormir, afinal, amanhã é TUDO de novo.
Super beijo.
FIlha, te amo mais que tudo nessa vida. ' que bom que o seu amor me escolheu'

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

liberdade

Ando sentindo muita saudade da minha liberdade e não acho que seja para menos. Nos últimos meses, aliás, desde 2010 que a minha vida mudou completamente e tirando a Sofia, respiro a maior parte do tempo tempestades das grandes. Sinto saudades de quando eu era ''irresponsável'' e não tinnha problemas da vida adulta.Crescer dói realmente.
Estava com a minha auto-estima super baixa, apesar da maioria das mulheres sonharem com a perda de peso, eu o contrário, talvez um pouco de ''trauma'', pois grande parte da minha pré e adolescência, eu era A MAGRICELA, tomei corpo lá para os 20 anos. Daí com toda essa tempestade acabei perdendo 5 kgs além do que já havia perdido do que engordei  na gestação, somando um total de 17 kgs em apenas 8 meses, ou seja, é um choque radical!
Esses dias resolvi ver se dava um up no vizú! Tentei ir ao salão fazer umas mechas no cabelo,mas a cabelereira disse que como vou operar, a anestesia é forte, faz cair um pouco dos cabelos, então era melhor não colocar química agora, para esperármos. Ela até me convenceu, aproveitei a economia e coloquei unhas, afinal, eu era a maior roedora de unhas do mundo - ME ACHEI COM UNHAS LEVEMENTE GRANDINHAS E SUPER VERMELHAS!
E estou contando essa história toda para dizer o quanto hoje eu dou valores a coisas tão simples e idiotas que antigamente eram rotina. Hoje por exemplo fui comprar um vestido, e sinceramente, queria algo que não fôsse prático, tipo, camisão, queria um vestido que modelasse o corpo, que me fizesse sentir a TAL, nada de floral, rendinhas, e achei, um super tchubinho piriguete de ser e AMEI rs, salmãozinho, lindhú. Para compôr um belo par de sandálias, afinal, cansei de all star, sapatilha, havaianas, cansei do prático só porque tenho uma filha, ah, eu quero passar na obra e ouvir a peãozada falar - ê lá em casaaa! rsrs
Brincadeiras a parte, falando sério, como hoje coisas tão simples, tem um imenso valor para mim. Um vestido apertadinho, unhas vermelhas, saltinho, tudo isso para mostrar a mim mesma que eu ainda existo! Que apesar do meu dia só começar agora, às 22 e 55, começar para mim, JULIANA, eu mereço me sentir bem, eu mereço lembrar que EU ainda existo.
O cansaço de cuidar da Sofia o dia inteiro é enorme, eu cuido dela sozinha, é o dia todo servindo, sem ser servida, compensa é claro ver a minha filha crescer assim tão pertinho, poder observar seu progresso, observar como ela cresce e aprende coisas novas a cada dia, mas sinceramente, cansa DEMAIS e eu não imaginava que fosse assim. Sinto saudades às vezes de ser só eu e isso não significa que eu seja uma mãe malvada, eu tenho noção da mãe que sou e sempre serei para ela, mas eu preciso ser justa e sincera comigo mesma.
A verdade é que quando ela sorri com apenas 2 dentinhos, quando vem me dar beijo com mordidinhas, tudo isso passa, quando ela me abraça com medo do liquidificador, um abraço de proteção, eu esqueço de tudo isso e até me conformo em tomar 1 banho por dia, super rápido, usar roupas práticas, all star, tudo bem, compensa. Quando eu dou tchau a alguém e ela está automaticamente dando tchauzinho com a mãozinha, tudo bem, eu até esqueço que esqueço de mim durante 25 horas do dia apenas para pensar nela, sem problemas. Esqueço que a minha coluna dói demais, nem lembro que às vezes penso: será que ainda sei dançar como antes...ou será que nada disso tem mais importância perto do que é ter a Sofia...pensamentos soltos de uma mãe e de uma certa forma, não diria solteira, mas sozinha e isso pesa e MUITO.
Acho que no final, tudo se ajeita. Espero na verdade que tudo se ajeite da melhor forma possível, a forma de Deus.
Beijos, mamãe.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

EU VOLTEI E PRA FICAR!

Saudades, saudades, saudades, saudades e saudades, muitas, muitas e muitonas do meu blog, das minhas queridas amigas mamães blogueiras...ai que saudade!!! Estou super feliz de estar com acesso novamete a internet, tentei postar pelo celular algumas vezes, mas não consegui! Ai, EU VOLTEI, NÓS VOLTAMOS, MAMÃE FALA DEMAIS E A MINHA DOCE SOFIA!!
É tanto assunto, tanta prosa que não sei se vou conseguir colocar tudo aqui de uma vez só...vamos por partes, né? Nem acredito que estou postando! Impossível ficar sem internet por muito tempo, e mais impossível ainda é ficar sem o meu blog, o meu diário oficial, ficar sem saber das minhas amigas amadas, das suas filhotas lindas, dos filhotes, ai, impossível!!!Mas...passou e aqui estamos novamente = ) !!!
O post anterior foi um pedido meu à dinda da Sofia, minha querida e eterna melhor amiga, agora 'cumadi', minha fiél companheira, pau para toda obra - Joaninha = ) E como ela contou...pois é, se não bastasse toda a fase que diversas vezes detalhei aqui no blog, ainda descobri a presença de um tumor na cabeça que me levou a audição embora do ouvido esquerdo.
Nunca foi segredo aqui, nem fora daqui que eu estava vivendo uma fase não vou nem classificar como complicada, difícil e sim delicada ao extremo, afinal, minha vida deu um giro em questão de meses, não tem nem um ano que sou mãe, que precisei amadurecer, crescer, fora a relação delicada também com o Vitor, a questão com os meus familiares, enfim, não foram poucos os posts que deixei a Sofia de 'lado' e falei de mim, da minha dor, da minha batalha, podemos dizer assim.
E para fechar com chave de ouro, essa purificação de ser pega de surpresa, apesar da falta de responsabilidade comigo mesma, afinal, fiquei surda e se não fossem os meus pais e avós a insistir no assunto, tudo bem, eu tenho o outro mesmo, tudo certo e não era bem assim, né? Esse tumor apesar de benigno, causa sequelas, pois a localização dele, interfere diretamento no nervo facial, podendo repuxar a boca, ficar sem fechar os olhos, ele altera a fala, impede com o tempo a deglutição, enfim, apesar de não ser câncer, ele tem lá seus transtornos.
Antes de contar detalhadamente toda a fase, a evolução, os médicos, enfim, vou deixar para um outro post, já está tarde preciso dormir, amanhã começamos uma outra rotina de exames para a cirurgia! Mas quero deixar registrado aqui, a minha gratidão por ter sido escolhida por Deus para passar por essa purificação. Sei que não estou entre a vida e a morte para dizer que terei uma segunda chance, mas a verdade é que estou encarando tudo isso como uma renovação na minha vida em TODOS os sentidos. Descobri na base da porrada, que não adianta a gente fazer mil planos, querer ter o controle nas mãos, pois quem decide a hora, é Ele, o cara lá de cima, Deus, o todo poderoso. É Ele quem sabe a nossa hora, é até pecado a presunção de achar que nós sabemos a hora.
Tenho noção e estou em paz com tudo isso, sei que vou passar por essa purificação e que depois disso tudo, serei uma outra pessoa, já posso sentir as transformações a todo momento, sei que após essa batalha, muitas coisas não terão mais espaço na minha vida, mas não adianta planejar, é deixar acontecer.
Um exemplo rápido...Há um tempo atrás, a Ministro da minha igreja, me passou uma tarefa que a princípio seria simples - ler por 21 dias um ensinamento chamado ENTREGUE-SE A DEUS (em um outro post, faço referência), realmente entregando a Deus toda a minha vida, os meus desejos, que eu fizesse valer o SEJA FEITA A VOSSA VONTADE E NÃO A MINHA VONTADE e toda vez que eu deixasse de fazer no dia, teria que voltar tudo novamente. Se eu consegui? Não! Foi o mais difícil de todos, entregar a Deus a MINHA vontade, o que EU QUERIA, o que EU determinei para MIM...enfim, até hoje não concluí essa tarefa e continuei achando que era EU quem determinava os meus passos, na MINHA hora...
Resultado? Comecei a procurar emprego, achando que tudo estaria resolvido, tudo certo, altos planos, aniversário da Sofia, tirei o megahair, tudo certo, vou comprar roupa, morar sozinha, me organizar, voltar a estudar e ai...O que estou querendo dizer é que APEGO atrapalha, é claro que é válido ter planos, metas, objetivos, mas sempre tendo a noção que a hora de acontecer é divina e não humana. #ficaadica rsrs. = ) tá na moda né!
Agora estarei aqui todos os dias...estava morrendo de saudades disso! Amanhã vou visitar meus cantinhos favoritos! Manu querida, saudades! Obrigada por tudo e já passei lá no seu cantinho, precisamos fofocar! Meu telefone de casa liga de grátis pra sua cidade, depois vamos trocar telefone!
Super beijo, boa noite, aliás, bom dia...Mamãe Jú.