quarta-feira, 29 de junho de 2011

A FASE MAIS DIFÍCIL DE TODAS

Em toda a minha nova vida de mãe essa é a fase mais complicada que estou atravessando, nada se compara ao que estou vivendo nessa época, nada, nem as noites mal dormidas por causa da barriga enorme no final da gestação, nem o começo de tudo, quando o bebê ainda é super recém e você acha que não vai aguentar de tanto sono, cansaço, acha que vai deixá-lo cair, não, nada foi tão complicado como agora.
As trinta mil novidades, mudanças em tudo o que diz respeito a você, o seu corpo, mente, alma, pele, estria, celulite, se achar feia, diferente do mundo inteiro, ter medo de dar banho, de ver tomando vacina, nada se compara a essa fase delicada que estou atravessando. A sensação de proteção que eu senti quando saí pela primeira vez na rua com ela, de me sentir única e responsável eternamente por alguém, o medo que me deu isso, àquelas noites que eu praticamente segurava os olhos para não fechá-los, que eu fazia tudo a noite e no dia seguinte, descobria que tinha feito TUDO aquilo - mama, fralda, mama, fralda, bota pra arrotar, lê livro para ficar acordada - eu havia feito dormindo e quase não lembrava de nada.
Nada, nada se compara mesmo. Que fase difícil...O cansaço está enorme, exaustão total! Estou vindo de uma sequência de infecções de garganta, ainda peguei uma gripe dessas da moda, que parece que você levou uma surra, juntando a insônia de alguns dias, as confusões 25 hrs em casa, gritarias, xingamentos, e por aí vai...E nesse cenário todo, eu descobri em meio a uma determinada situação um sentimento que eu como mãe tenho, aliás, que eu tinha, eu já sabia, mas eu o coloquei em prática e isso está me doendo demais.
No final de semana passado, o cenário era exatamente esse: Dias sem dormir, muita dor no corpo, EU NÃO SEI O QUE É LAZER HÁ MAIS DE 1 ANO, toda essa pressão que já passou de ser psicológica dentro de casa, enfim, um pouco de caos e a Sofia, agora um outro bebê - a cada dia eu a conheço mais e mais, é uma novidade - agora ela vira para lá e para cá no berço, dorme menos durante o dia, quando acorda no meio da noite, logo que me vê, não mais cochila como antes, ela ACORDA e acorda MESMO.
Ela está crescendo e por incrível que pareça, eu achava que antes, quando ela era bebêzinha ela exigia muito de mim - mentira. Eu estava super enganada! Ela dormia praticamente o dia todo, só mamava e dormia, agora não! Ela quer participar de tudo, ver o que estou fazendo, comendo, com quem estou falando, graças a Deus, se desenvolve perfeitamente a cada dia que passamos juntas, mas exige cada vez mais de mim.
Voltando...ela andou acordando umas 4 noites seguidas na madrugada para soltar gases, acho que o meu cansaço excessivo contribuíu para isso, pois eu estava dando mama deitada a ela, não a colocava para arrotar, enfim, já sei de cór e salteado que não se DEVE fazer isso, mas e a força para levantar? Enfim...lembro uma vez também de ter lido na gravidez que por volta dos 4, 5 meses, o intestino do bebê estava começando a ''amadurecer'' por isso a formação de gases nesse época - portanto, até a pediatra me dar uma outra explicação HOJE (temos consulta!) fico com essa.
Ah, o final de semana...Já eram quase 10 da noite, feriadão, e a gente sem ter dado um passeio, eu vim para a casa, estava com essa gripe forte ainda, coloquei a Sofia no tapete de atividades, daí resolvi fazer um miojo...fiz, coloquei requeijão e JURO, quando eu ía dar a primeira garfada, ela soltou um daqueles que sujou até o braço! Peguei ela, troquei com toda a rapidez do mundo, para o miojo não esfriar, né? ok, não adiantou nada. Depois disso, ela não quis mais saber de tapete, só quis colo e chorar, colo e chorar e meu miojo esfriando, eu cheia de dor no corpo, dias sem dormir, enfim, senti e falei com uma enorme impaciência e irritação - Pára de chorar, Sofia! Pára, pára...pára!
O miojo mais parecia um cérebro daqueles de feira de ciências, frio, duro, grudado, comi ainda um pouco assim e ai então, parece que baixou a deprê total em mim, uma dor, uma tristeza, um cansaço, uma culpa enorme...resultou em uma noite HORROROSA, que quero ESQUECER, ao mesmo tempo que eu me sentia culpada por estar impaciente, irritada, eu tinha dó de mim mesma...e assim prossegui todo o final de semana.
Preciso destacar que o Vitor foi um grande companheiro e é um pai MUITO esforçado e especial! Acabou juntando com a não contribuição da paz mundial aqui em casa, acabei ficando lá esses dias, até para conseguir dormir, descansar um pouco e nota MIL para o papai! Sempre carinhoso conosco, atencioso, cuidou direitinho da Sofia enquanto eu estava desmaiada, me deu carinho, apoio, ouviu com atenção os meus desabafos, sentiu a dor do meu choro de culpa, ainda fiquei e estou ainda com a paranóia que ela percebeu que fui impaciente, enfim...
Como o meu blog é materno, acho que a maioria das leitoras são mamães e em algum momento vão identificar algo que já tenham vivido e por favor: ME CONTEM! Eu preciso ouvir de vocês...de verdade! As que ainda não passaram, as que já passaram, as que querem passar...
Me senti com uma tristeza enorme, chorei por horas, dias, juntou todo esse stress em casa, a Ingrid que não me deixa em paz um segundo, a minha mãe falando quarenta abóboras por segundo, um choque dentro de mim, do meu cansaço, há 5 meses pelo menos sem praticamente sair de casa, tentando respirar ar puro mediante tantos problemas, tentando se superar todos os dias, sozinha, sim, sozinha, o Vitor dorme lá e eu cá, coisa que já percebi que devemos adaptar na nossa semana por vários motivos - além do meu descanso, além dele gostar de cuidar dela, se sentir útil, é um momento agradável quando estamos APENAS nós três juntos, é como se completasse a peça que está faltando.
Depois termino o post...precisamos nos arrumar para a consulta com a pediatra!!! De qualquer forma é isso...
E vocês minhas caras mamães? Já passaram por isso?!?!? Help-me!

Beijos, muitos beijos!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sou mãe de primeira mesmo, e daí??? e mais um desabafo bafão!

Não poderia deixar de descrever o que aconteceu conosco nessa manhã!!!
Por volta das 4, Sofia choramingou querendo molhar o bico, né? Estou meio doente, tirei ela do berço, coloquei-a na minha cama, peitões para fora e a bezerrinha mama que é uma beleza e dorme também, afinal de contas, quem não gosta de um quentinho, ainda mais se for da mamãezinha?
Lá para as 8 da manhã, eu estava toda torta, cheia de dor no corpo dessa gripe irritante, o quarto escurinho e ela dormindo que nem uma doce criatura. Eu também queria dormir, tinha perdido o sono a noite inteira! Peguei ela da minha cama e quando fui colocá-la no berço, coitada da minha princesa rs - bati com a cabecinha dela na grade do berço! Nossa, nem eu acreditei! Eu estava sonada eu acho, noite mal dormida...
Resultado? CHOROOO, muito CHOROOO, imagina ser acordada assim? E eu também CHORO, muito CHORO rs, pedindo desculpas e pensando o quanto eu era uma sem noção! Logo dei um mamazinho, já rezando agora para ela voltar a dormir e NADA FEITO. Os dois olhões bem abertos, sorriso banguela estampado e lá se foi o sono.
Daí, fazer o que né? No berço dela mesmo, tirei a fraldinha e advinha? Dei uma de mama de primeira mais uma vez, não coloquei logo a outra por baixo, resultado? Um enorme XIXIZÃO, de inundar o berço todo. Imaginei que depois desse xixi enorme já havia saído tudo, né?
Pois bem, coloquei-a na minha cama e em questão de segundos que virei para pegar uma fralda, um sonoro som de pum pum e mais xixi, muito mais, só que agora na cama da mamãe. Resultado? BELAS RISADAS MINHAS E DELA! Na hora me lembrei como éram os meus dias pós feriados - acordava na hora do almoço, quem sabe de ressaca, cheia de sede, rindo da noite anterior e fofocando com as meninas no rádio e pensei: Como é bom agora estar sorrindo aqui, doente, cheia de dor...eu e ela, ela e eu.

Aproveitando o gancho...

Não sei nem se vou conseguir ser clara, mas essa noite de sono perdida, fiquei pensando na vida e como eu pensei...Será que é só comigo, mas depois que nós temos filhos, as pessoas SOMEM? Fico impressionada e triste, pois a idéia que eu tenho é que se eu for levar tudo isso a ferro e fogo, estaria sozinha.
Eu acho que as pessoas tem receio de você pedir algo, sem contar é claro, com o julgamento, fui MUITO julgada, muito mesmo! E essa noite fiquei relembrando as histórias de algumas ''vizinhas'' rs, nunca julguei o fato de ser amante, do cara ser bandido, ou de subir morro pra curtir baile funk, ou de ficar na noitada tipo peça de roupa no cabide, o cara vem, pega e banca a noite toda, NUNCA julguei. Nunca julguei se o cara era rico, pobre, executivo, preto, branco, casado, solteiro e quer saber? É assim que eu quero e vou criar a minha Sofia.
Hoje estava falando com o Vitor que nós precisávamos ser muito amigos dela e que apesar do mundo não ser nem um pouquinho cor de rosa, eu não quero criá-la com essa idéia, quero criá-la como eu fui, com bondade no coração, com amizade, respeito e afeto.
Na minha gravidez totalmente conturbada, posso contar nos dedos quantas vezes recebi uma visita daqueles que eu esperava que fossem ficar ao meu lado, acima de qualquer coisa e hoje passados 5 meses, continuo a poder contar nos dedos a quantidade de vezes que alguém que MUITO considero se propõe a vir passar uma 6f aqui comigo, alugar um filme, fofocar, conversar, comer cachorro quente...
Eu sei que as pessoas tem a sua vida, é claro que eu sei, mas é uma contradição muito grande na minha cabeça, pois eu não agiria assim, não mesmo! O meu blog é lido por várias pessoas do meu dia-a-dia, então não vale a pena ficar citando nomes...Segundo a minha mãe - crescer é isso. E realmente, não troco essa minha vida POR NADA e o dia de amanhã só Deus sabe.

Um super beijo com amor,

Mamãe!




quarta-feira, 22 de junho de 2011

as 3 mais da maternidade!

As tops da maternidade:
  1. Depois que você se torna mãe, já reparou que TODAS as pessoas ao redor se tornam mães também? Querem dar pitaco em tudo com relação ao seu bebê, até mesmo aquelas que aparentemente não levam o menor jeito para coisa, aquelas solteironas, não importa a idade, TODAS viram mãe também: ''ah, é sono, coloca a chupeta'', ''ih, melhor evitar o dedo,hein...'', ''tem um pouquinho de cocô ali ainda, vai ficar assada'' e por aí vai.
  2. As pessoas acham que depois que você se torna mãe, ganhou um lugar reservado em um pedestal, ou seja, tornou-se SANTA, principalmente os homens, acham que após a maternidade você é incapaz de sentir impaciência, intolerância com relação ao bebê. Acham que agora que é MÃE é SANTA, livre de qualquer sentimento do tipo.
  3. Na gravidez algumas pessoas sem noção me perguntaram várias vezes assim: E O PAI? ESTÁ FELIZ? É a PIOR de todas, não? Primeiro: Quem a garante que eu sei quem é o PAI? Segundo: Quem a garante que o pai está sendo presente? Terceiro: Quem a garante que o pai está feliz? Que constrangedor não?!?! Eu ouvi essa direto e acho que ela merece estar entre as tops da maternidade na minha concepção!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Finalmente...FOTOS!

Eu sei que demorei, eu sei, eu sei! Daí hoje eu resolvi baixar logo as fotos que tirei hoje mesmo pela manhã no banho de sol e postar aqui - a primeira imagem da minha princesa, a mais recente de todas!


Sofia com 5 meses, cada dia mais esperta, mais gostosa, mais risonha, pesadinha, gorduchinha e a mamãe cada dia mais espantada, admirada, alegre, cansada...e FELIZ, muito FELIZ por ser a mamãe da princesa mais linda de todas!




segunda-feira, 13 de junho de 2011

eu, as listas e Sofia


Eu não sei bem se virou mania, até espero que NÃO, ou se é pelo momento mesmo pós parto, até tudo entrar nos eixos, mas a verdade toda é que eu ando deixando TUDO para depois, TUDO mesmo. Já li algumas reportagens sobre pessoas que levam esse estilo de vida, que vivem com um trilhão de post its colocados pela casa inteira, escritório, adiando tudo...ligar para fulana, baixar fotos (essa eu entro TOTALMENTE), marcar médico, e por aí vai...
Na maternidade ainda, meu pai levou uma edição da revista Época que dizia sobre isso e me chamou a atenção quando na reportagem um psicólogo afirma que são as pequenas tarefas, essas que ficam martelando o dia todo na sua cabeça - TEM QUE FAZER, TEM QUE FAZER E TEM QUE FAZER, que são justamente aquelas que você mais demora para realizar e se sentir livre delas!
Daí ele dá várias dicas de como organizar listas e mais listas sobre as suas tarefas, algumas que você pode deixar para depois, outras mais urgentes...listas, listas e listas! Durante toda a minha gravidez eu fiz listas e eu pirei no final das contas, porque cada vez que eu olhava e não via algum item ticado eu tinha um ataque de perereca!
Tá. O motivo do post é o seguinte: Eu me guio muito mais pelo blog, pelo mundo virtual do que por agendas. Juro que já tentei, eu tenho duas agendas compradas e zeradas, não consigo! Já tentei e não consigo seguir aquilo ali. Mas eu preciso me organizar, fico pensando será que é o momento que dá mesmo uma certa prostração ou sou eu mesma? Acho que a segunda opção tá valendo mais.
Então, vou criar aqui um linkzinho com uma lista onde vou checar diariamente, já que acesso o blog praticamente todos os dias, com tudo o que preciso fazer! E sinceramente, hoje, todas as minhas tarefas são URGENTES, desde baixar e revelar as fotos da Sofia, que já vai pra 5 meses a atualizar meu curriculum, ver os documentos da faculdade, tirar carteira de motorista, tudo o que deixei lá trás, mas que não é impossível de realizar.

Falando de Sofia...

É a coisa mais gostosa desse mundo ter um bebêzinho em casa, sério mesmo! Ontem nós dormimos na casa do Vitor, estava muito frio para vir para casa e é agradável ver os dois juntos, ver como ele é dedicado, paciente, de verdade, quanto a isso não posso reclamar mesmo! Ele tem toda a paciência do mundo com ela, comigo, está sempre tentando agradar de alguma forma, fico tranquila, me sinto segura mesmo ele sendo pai de primeira viagem também.
Cumpri toda a rotina da noite com ela, lava bumbum, bota pijama, mama, desperta, mama, bota som do passarinho,segura Luísa e fui tomar banho, deixei os dois deitados juntos, para que ele a fizesse companhia até que ela dormisse. Lá do banheiro ouvi um chorinho e ele dizendo: ''calma, a mamão já vêm!'', levei mais alguns bons demorados minutos no banho e quando cheguei no quarto ele estava fazendo ''xixixixixixi'' e ela abrindo e fechando os olhinhos, até que apagou.
Lá pra uma da manhã estávamos eu e ele olhando, babando por ela e relembrando o dia em que ela nasceu...nós lembramos com tanto carinho daquele dia, daquela situação que foi uma delícia aquele momento, ela deitadinha, suspirando de soninho e dois babões sentados no chão, encostados na cama e babando a cria.
Falamos sobre o momento do parto que ele assistiu, o que ele sentiu quando viu a cabecinha dela quase saíndo, ele lembrou de um momento bonito, quando me despedi da minha mãe, ela chorando, orando a minha barriga, ele me contou que se sentiu muito importante nesse momento, como se estivesse dizendo - está tudo bem, ela está aqui comigo!, falou do mega café da manhã dos médicos antes de entrarem na sala de parto e ele com o estômago embrulhado não conseguiu comer nada, da hora em que ele achou que não fosse mais conseguir filmar rs...
Lembramos da nossa primeira noite juntos, nós três na maternidade, o quanto ele se sentiu mal por me pedir para mandá-la pro berçario, pois ele estava há mais de um dia sem dormir e não conseguir parar de olhá-la. Falamos de como devem ser as outras fases da infância, comentei que eu vou ficar muito emocionada quando ela aprender a ler e me pedir um livro!
Começamos a tentar explicar um para o outro como é esse amor e não dá, não tem como colocar em palavras! Eu vejo os olhos dele brilharem quando ele olha para ela, quando estão os três juntos...Lembramos com carinho da nossa história, tamanha a coincidência dele ter sido amamentado pela minha tia que faleceu há alguns anos...que ele antes de tudo, quando me via, dizia aos amigos que parássem de me olhar, pois em breve ele estaria namorando...
São esses momentos que eu quero que a Sofia leve com ela até burra velha. Momentos de paz, de harmonia, de amor, alegria, tranquilidade, paciência e otimismo. É difícil? Não é, tem sido, mas eu tenho esperança que toda essa nuvem nublada há de passar, que todas essas situações complicadas vão se ajeitar e no final, tudo irá dar certo.
A Sofia é uma dádiva em nossas vidas. Ele disse que até hoje a ficha não caíu direito e eu o confortei dizendo que ele não era o único. É um elo que nos liga e de uma certa forma, não que seja por conveniência, mas é algo que nos une mais, acredito que faça suportar tantas barreiras, preconceitos, medos, receios, inseguranças...acho que ela merece, eu mereço e ele também, de verdade.
A minha gratidão pelos meus pais está impressa na minha alma, sem dúvidas, o que seria de mim sem eles? Nada. Por isso que eu quero ser uma mãe e tanto também e desejo o mesmo ao Vitor. Ele disse que o segundo dia mais feliz para ele será quando ela disse: Papai, eu te amo.

Um super beijo com amor,

Mamãe Jú.

Ah, falando da lista rs...eu vou me dar o prazo de 2 dias para organizá-la, preciso de tempo para lembrar TUDO que estou pra fazer há meses... #quefase

quinta-feira, 9 de junho de 2011

storm e creche ou vovó, eis a questão!

Já estou até mudando o idioma do título do post rs...tempestade, storm, amanhã vou colocar em alemão! rs Não adianta querer fugir do que está se passando no momento. Eu gostaria muito de vir até aqui e registar apenas os bons momentos, mas a fase não é bem essa. Antes eu sentia muito por tudo isso está acontecendo e de alguma forma me culpava achando que não estava curtindo como deveria a minha pequena. Hoje, tirei uma parte dessa culpa de mim. De alguma forma eu curto a Sofia sim, vira e mexe estamos rolando na cama, brincando de 1, 2, 3 e jááá e dou muitos beijos nela, quando posso fecho a porta do quarto, boto uns cds infantis e fico cantarolando e admirando o quanto ela é a minha alegria!
Eu sei o que devo fazer, de verdade, deixei um pouco a minha religião de lado, por um bom tempo ela me sustentou e MUITO, párei de rezar, de colocar meus propósitos e principalmente, o mais difícil - mas eu estava tentando, AGRADECER por tudo o que estava passando.
Em casa a situação é cada vez mais deprimente, essa é a palavra. A minha mãe e suas confusões mentais, ela não conversa, ela GRITA e hoje ela resolveu gritar comigo a respeito do Vitor mais uma vez. Na boa, não vou nem relatar aqui a gritaria, porque chega a ser ridículo! Não me canso de repetir o quanto são grata por TUDO o que eles fizeram por mim, mas a interferencia é ENORME e justo por isso, eu PRECISO, pro meu bem estar físico e MENTAL, voltar a ativa.
Poderia ficar aqui até sei lá quando relatando toda a minha vida, todos os meus argumentos, mas um é muito válido, é um DIREITO meu viver, seja lá como for. E segunda ela, ela não me impede de nada, apenas me tortura 24hrs por dia com as piadas fora de hora agressivas e avisou que caso eu resolva ter qualquer contato com o pai da Sofia, que eu saia de casa, porque para ela é melhor assim.
Eu prefiro párar por aqui esse registro da gritaria de hoje! E mudar a minha postura totalmente - AGRADECER, AGRADECER E AGRADECER. Eu só tenho motivos para agradecer! A minha saúde, a saúde da minha filha, ela ser perfeita, ser a minha alegria, agradecer sim, pelo fato dela ter um pai, afinal de contas, o CERTO E O ERRADO é conceito individual.
Eu cheguei ao ponto máximo - surtei total. De verdade, já passou do ponto final de tudo isso. Agora é hora de voltar a trabalhar, me organizar e ...aqui dentro, vivo sob a ótica da minha mãe, sob a visão dela, ela depende demais emocionalmente de mim, demais, demais, demais e visa muito a verdade DELA, o que ela acha e pensa é sempre o correto.

Sofia e a minha volta ao trabalho.

Então. Eu estou com a faculdade trancada desde antes da gravidez. Já contei aqui no blog que eu cursei os anos todos da faculdade de Direito e não me formei. Sempre quis fazer Jornalismo e não Direito. Os últimos 2 anos do curso, fiz igual a minha cara, dei uma de moleque total e só gastei o money in have do meu pai. Toda a minha maior experiência de emprego é na área, estagiei bastante, trabalhei um tempinho em uma loja...enfim vou precisar começar do zero.
Estou encarando a Sofia como um novo começo de vida, portanto, muita coisa que não faz mais sentido na minha vida, tem que ser jogada fora. Não é jogar a faculdade de Direito no lixo, não, mas é fazer o curso que eu SEMPRE quis, portanto, é um novo começo.
Daí que eu pensei, repensei e cheguei a conclusão que começar agora, a Sofia com 6 meses em agosto, a estudar e a trabalhar novamente, será um choque muito grande para nós duas, uma vez que eu saíria de manhã de casa e só voltaria a noite, ou seja, não veria a minha filha durante toda a semana!
Então eu achei melhor voltar a trabalhar agora meio do ano e estudar só ano que vêm, até pra que eu possa me organizar melhor, ela já vai estar um pouco maior, com 1 aninho =/ rs...
A questão toda é - onde deixar Sofia? Durante a gravidez inteira o meu discurso era um: CRECHE. E agora? Mudou totalmente. Só de pensar em deixar a minha filha nas mãos de alguém que nunca vi na vida, meu coração aperta. Eu sei que um dia isso vai ter que acontecer, mas com 6 meses de vida? Ai, dói meu coração!
Daí que eu tenho a minha mãe, a pessoa que eu mais confio é claro com a Sofia. Confio plenamente que ela nunca irá maltratar a Sofia, confio plenamento no amor dela pela neta, e todos aqueles blá blá blás que nós sabemos que rola entre netos e vovós. Mas tem toda essa questão envolvida do temperamento da minha mãe, dessa confusão diária que é entre ela e Ingrid e fora as questões com o pai da Sofia, que segunda ela, caso ela fiquei com a Sofia, durante esse tempo, nada de contato com ele.
Aqui onde nós moramos tem creches para todos os gostos e bolsos, tem creche baratérrima que se a mãe precisar o bebê pode até dormir uma noite, tem creche intermediária bem pertinho de casa, só atravessar a rua e tem creche excelente, de 1.500$ o dia inteiro, de doer o bolso, inclusive essa creche é de pessoas conhecidas de uma parte da família.
Fico com 30 pulgas atrás da orelha quanto a creche, mesmo se tratando de melhor, não sei se lá a Sofia vai se desenvolver como eu gostaria e fico me chocando com a necessidade, o poder aquisitivo, enfim, é um choque de idéias tamanhas! A idéia inicial, é deixá-la com a minha mãe até que ela complete 1 ano, essa fase de introdução de papinhas, sei que a minha mãe vai fazer com o maior prazer do mundo, sei também que as creches são especializadas para isso, ou seja, de alguma forma as creches não são o fim do mundo.
Uma coisa é certa: EU PRECISO voltar ao mercado de trabalho! Preciso movimentar a cabeça, a vida e o bolso, por tudo isso que passo, ainda mais agora que tenho a Sofia. Não sei como vou adaptar tudo isso e juntando ainda ao fato do Vitor, minha mãe, enfim, o primeiro passo é começar a procurar umas vagas, observar como estão os salários, ir dando uma olhadinha, logo depois, ajeitar a rotina da Sofia com relação a sua alimentação, já nessa consulta da pediatra, irei conversar com ela.
Ficarei segura de que ela estará super segura com a minha mãe, mas ficarei um pouco tensa com todas essas confusões aqui de casa, não gostaria mesmo que acontecessem na presença dela, querendo ou não, quando eu estou aqui, eu logo vou pro quarto, boto música, distráio ela...E sei que caso eu procurasse uma creche, o meu salário iria TODO na creche praticamente, mas que de alguma forma eu estaria traçando de forma mais objetiva a minha independência e como a minha mãe diz TODOS OS DIAS - SENDO MULHER DE VERDADE, coisa que ela diz que eu não sou. aff.
É isso! Quem diria...já estou aqui registrando um novo começo da minha pequena, ficar com a vovó, creche, papinhas, mamadeiras...ai filha, que dor no meu coraçoin!
Beijos com muito amor e cheirinho de leitinho,

Mamãezinha.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

chumbo quente e Sofia

Eu venho pensando um monte de soluções para tudo o que está se passando nesse tempo todo, às vezes acho soluções improváveis mas são as que mais me dão vontade de executar! Do tipo, juntar tudo e ir morar na praia. Não é má idéia, mas vamos falar sério.
Hoje me deu aquela tristeza profunda, ajoelhei, chorei, mas chorei com a alma mesmo, pedi a Deus que me ajudasse a passar por tudo isso. Eu sinto muito de verdade. A Sofia tinha acabado de dormir, logo acordou, me viu chorando, ficou um tempo olhando, abriu uns sorrisos, mas acho que o meu momento acabou deixando ela meio enjoadinha, do nada, ela começou a chorar, só querer colo...Expliquei a ela que ela não é problema algum para mim, pelo contrário, ela é a minha alegria e sem dúvidas, a minha força, eu olho pra ela e tiro forças pra seguir a diante. 
O Vitor apareceu perto do meio dia, a levou para passear de carrinho, apesar do frio, está abrindo um sol gostoso, quentinho. Passou um tempo, eles voltaram, ela estava dormindo. Ele colocou um pé dentro do meu portão, para dar um beijo no pézinho dela. Logo a minha mãe dobrava a esquina. Segunda ela, se não bastasse TUDO o que estou enfrentando, ela não quer que ele páre em frente ao nosso portão, segundo ela, ele é digno de párar apenas do outro lado da rua. Então que eu fale com ele que toda vez que ele vier ver a Sofia, que ele não ouse em párar no meu portão, apenas do outro lado da calçada.
Está pouco né? Já são tantos detalhes dolorosos, agora eu devo avisá-lo que no meu portão NÃO! E depois foi uma sequencia agradável de se ouvir: '' ah, tá se doendo por quem? por quem? hãm...tá com tristeza? vai nadar, vai caminhar, dá com a cabeça na parede que passa. eu hein, fica nessa de não sei, não sei, acaba atrapalhando a vida de todo mundo. tá com tristeza nada que passa ''
Eu sinto dores físicas na região do peito, é angústia, é dúvida, medo, desespero. Não sei como e por onde começar, de verdade. Não sei o que estou fazendo de errado, o que fiz de tão errado, não sei mesmo. Continuo pedindo a Deus que me dê forças e paciência. Que Ele me mostre o caminho a ser seguido.
Tenho alguns em mente.

Falando da Sofia...

Quero deixar registrado aqui o quanto a cada dia que passa ela está mais esperta! Repara em tudo o que a gente faz, principalmente quando se trata de comida rs! Quer pegar as garrafas da mesa, pacotes de Ana Maria...ai meu Deus, minha bolota!
E outro fato curioso...tem um caixinha presa na parede do nosso quarto, que coloquei os livros relacionados à ela e desde uns 3 meses, que ela é só sorrisos aos livros! Dá gritinhos, fica nervosa querendo pegar! Ontem, ela ficou nervosa para pegar uma revista que estava aqui por cima...Espero que já seja um começo pelo gosto de ler! ADORO = ) Mamãe dará muitos livros! Seu primeiro livrinho quem deu, foi a titia Ingrid.

Mil beijos,

Com amor.

Mamãe.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

nossa manhã e como vai Sofia

Hoje pela manhã, tratei logo de ligar para o Vitor para combinármos um horário para ele vê-la, até porque bebê tem horário para tudo e se deixar por ele...já viu né? Como foi? Estranho. É engraçado olhar pra ele e perceber que somos parte um do outro, engraçado não, é triste.
O solzinho estava típico de inverno, um quentinho gostoso. Deixei que eles tivessem o momento deles a sós, acho que é justo. Ele chorou várias vezes, percebi que ele a olhava e sentia de verdade por tudo o que estava acontecendo, eu também chorei, olhei ela no colo dele, pensei que mesmo com tudo isso, eu gosto dele, queria que a gente pudesse ter dado a volta por cima, que fosse tudo diferente, inclusive diferente da MINHA história.
O amor é mesmo dentre todos os sentimentos o mais nobre, ele consegue transpor barreiras, adversidades, consegue neutralizar. De qualquer forma, com ou sem amor, não é tudo. Ele é nobre, mas não sustenta o todo. A verdade toda é essa.
Não sei como serão os próximos dias, sei da minha vontade de que tudo tivesse sido de outra forma, não gostaria que a Sofia passasse por certas coisas que eu passei e passo até hoje. Mas por enquanto é o que ocorre. São muitas dívidas, a maneira de ser e a maldade de MUITA gente ao redor.
...



Falando de coisa boa.

Sofia está cada dia mais gostosa! Gordinha, fofucha demais! Agora fala pelos cotovelos, acorda falando, dorme falando, fala pra caramba! Adora curtir um soninho depois do banho e costuma ser sempre da mesma maneira - deitadinha, com o cd de relaxamento, a caixinha de música com um passarinho cantando e a bonequinha de paninho Luísa agarradinha.
Tem chupado a chupetinha com mais frequência. Já estende as mãozinhas para pegar o que lhe interessa. Gosta de ficar em pé no nosso colo, dando gritinhos para tudo o que vê. Gira o berço todo, às vezes acorda na outra ponta do berço, sem sapato ou com a meia na boca rs.
Adoro ir aos lugares com ela! Ela é super boazinha para mim. Aquela fase meio chatinha melhorou, de ficar chorando por tudo e pra tudo, acho que era fase mesmo!
Não me canso de pensar o quanto é uma delícia tê-la em minha vida, o cheirinho, os pészinhos xulézinhos, tudo é uma delícia. Dá vontade de ter vários bebês, apesar do cansaço...é uma delícia a vida com ela.
Te amo mais que o mundo filha.
Mamãezinha.


domingo, 5 de junho de 2011

segura essa

Se não bastasse todo a maré que eu estou enfrentando com o pai da Sofia, ainda recebi agora um soco na boca do estômago do tipo: ' bom que vc ainda tem pai pra depender, pq se não, o que seria da sua filha e de você? você acha que a vida é ficar aí sentadinha, trocando fraldas e sapatinhos, enquanto eu coloco a sua mesadinha no final do mês? não adianta rezar e pedir a Deus que você não dependa mais de mim, tem pedir a Deus que eu tenha muita saúde, porque se não, você está ferrada. Tem 25 anos, não se formou, não cumpriu com as suas responsabilidades, e agora está aí, com uma filha pra criar. Espero que você tenha cabeça para conseguir criar a sua filha.Vamos combinar assim então: Eu coloco a sua mesadinha no final do mês, porque eu posso pagar, pago o plano de saúde da sua filha e o seu e você vive a vida que quiser viver.Ainda foi me arrumar um merda de um pai pra sua filha, que é um incapaz, não serve para nada, com uma merda de um saláriozinho e você ainda quer me dizer que reza todos os dias para não depender mais de mim? Sua imbecil, arrogante e prepotente. Vai lá na Messiânica e ora pra não sei lá quem e pede pra não depender mais de mim''
Aqui não deixa de ser um lugar onde eu posso me expressar, colocar pra fora tudo o que me angustia. E eu juro, por tudo o que é mais sagrado, se não fosse a Sofia, eu não teria forças pra continuar, com toda a sinceridade do mundo.Eu nunca em toda a minha vida, passei por uma tempestade tão braba como essa. Ela só tem 4 meses, ainda depende de mim exclusivamente e eu dela. Na hora certa, vamos dar a volta por cima, eu prometo.
E a todas as minhas queridas que sempre estão por aqui com uma palavra de conforto, eu agradeço de verdade. Beijo Flávia, adorei a novidade do ano! Só não estou em um momento bom para comentar lá, logo irei registrar meus parabéns com uma energia super positiva!

sábado, 4 de junho de 2011

a decisão da minha vizinha

Tem uma vizinha minha que está passando um situação cabeluda, de deixar a cabeça virada mesmo, os pés fora do chão e imensa vontade de que tudo o que ela está vivendo passe. Sabe aquela história que TODO MUNDO tem uma amiga, uma vizinha...
Então, a minha vizinha decidiu seguir carreira solo de mãe, pois é. Ela descobriu TANTA MENTIRA, TANTAS INVERDADES, aliás, descobrir não é bem a palavra a ser usada, ela apenas resolveu tirar a venda dos olhos, sabe como é né? Às vezes a gente coloca uma venda, finge que é cegueta, normal, a minha vizinha não é a única no mundo a fazer isso né?
Ela sempre foi verdadeira com o cara lá, sempre. E ele sempre muito desconfiado, possessivo, se pudesse a colocar em uma redoma a colocava, sempre evitando aparições em público, a fazendo pensar que de repente ela teria 3 olhos, 4 bocas e 5 pernas, e vai ver que nunca tinha percebido ao se olhar no espelho. Ela me contou que na realidade sempre soube com quem estava lidando, mas um sentimento nobre, chamado AMOR, a fazia sempre dar uma, duas, três, chances, aturar ofensas graves, uma dose de apego, afinal de contas, eles tem um filho juntos. Chato, não?
Essa minha vizinha abdicou de muitas coisas e pessoas, e principalmente, abdicou da sua paz. Pelo o que ela me contava ela ouvia bastante coisas tristes, terríveis, passava por algumas situações totalmente desagradáveis e acabou mergulhando em um nível muito obscuro, o mesmo nível que o tal cara se encontrava.
Ela já não se sentia mais segura de si, se achava feia, insegura, já estava praticamente perdendo a sua identidade, coisa que já fica modificada após a maternidade. Era dureza tudo o que ela passava e segundo ela, dureza era ser forte para tomar sua decisão, seguir a diante e não voltar atrás, afinal de contas, eu que a conheço bem, posso dizer, ela sempre foi animada, alegre, segura de si, cheia de pessoas ao redor, sempre viveu de coisas saudáveis, cheia de planos, mesmo após a gravidez surpresa, se sentiu mais madura, aos poucos se acostuamando com a idéia de ser mãe, agora mais do que nunca, ADULTA, e não merecia alguém que a desequilibrasse, tirasse seu sossego, a sua paz, ela não merecia sentir medo, receio, ela merecia ser feliz.
Daí, segundo ela, hoje foi o dia que ela decidiu tirar de fato as vendas dos olhos! Ela me contou que ele arrumou um emprego, uma oportunidade MARAVILHOSO, com um salário MARAVILHOSO, com benefícios MARAVILHOSOS, e ela, feliz da vida, torcendo, apoiando, ajudando, se doando como sempre fez, advinha? Com dois dias de treinamento, sem ao menos exercer a função, ele largou a oportunidade. Disse que não era para ele, sendo que eles tem um filho a sustentar, a seguir seus exemplos e ai?
Coitada. Ela me disse que estava decepcionada demais! Ele ainda se sentiu no direito de ofendê-la, de machucá-la, de como sempre fez, fazer com que ela se sentisse mal, culpada, com que ela se sentisse dependente daquele amor doentio, de posse, de controle. E ai ela resolvou tirar a venda dos olhos e assumir a si mesma, que por mais que doa MUITO, afinal de contas, o amor não é RACIONAL, ela decidiu assumir sim que foi traída, inclusive pasmem - até rolou uma situação com uma prima dela, acreditam? Pois é!Ela decidiu optar pela felicidade plena, ela e seu filho, seu filho e ela, esse sim é um amor puro, esse é de verdade. Aquele amor é doença, é querer esmagar. Ele queria que ela vivesse em uma bolha, ali, prontinha para quando ele quisesse, do contrário, ele continuaria pela rua, fazendo, fazendo, fazendo...
Eu disse a ela que ter sido traída, seja lá quantas vezes tenham acontecido, não era vergonha, vergonha era ela permanecer nisso tudo, ainda mais misturando a sua filha. A verdade toda é que eles estão misturados eternamente, mas acho de coração, que ela merece mais, merece mais que um AMOR, amor é fácil, amar é fácil, acabar com o amor também, acho que ela merece paz, sossego, tranquilidade, RESPEITO, dias alegres, semanas felizes, conquistas, acho que ela merece mesmo!
E ai eu perguntei a ela o que ela gostaria de dizer ao seu filho, caso ele pudesse entender no momento o que se passava e ela me disse o seguinte:
'' Que um dia você seja capaz de entender o quanto essa mãe aqui precisou crescer e se doar para que tudo desse certo. Mas que você entenda que nem tudo é da forma que a gente quer, que nem todos os amores são possíveis, mas que você entenda, que eu tentei, tentei de todas as maneiras possíveis, prováveis, improváveis e impossíveis.
A mamãe tentou por achar que era justo te dar uma família composta pelos seus pais, que seria justo viver aquele conto de fadas que eu idealizava, mas que na realidade era tudo diferente.
Seu pai pode ter me amado sim, mas seu pai levou embora com ele muita coisa de mim. Ele queria que eu fosse quem eu não sou e nunca serei. A mamãe é outra, está tentando juntar todos esses cacos dos últimos tempos e reuní-los para te criar da melhor forma possível. A mamãe acreditou até o fim que seria possível a mudança do seu pai, eu fui fiél o tempo inteiro, fiél aos meus sentimentos, fiél a sua chegada, fiél ao que sonhei para mim e mesmo tendo saído diferente, eu fui fiél aos meus ideais.
Quando você crescer e me questionar por tudo isso que vivi, eu serei extremamente sincera contigo e jamais esconderei toda a verdade. Acredite, a mamãe amou seu pai de verdade, acho que amou tanto, ao ponto de esquecer de se amar.
E fica aqui um conselho e o que vou te ensinar o resto de nossas vidas: Se ame, se ame muito, antes de amar qualquer pessoa.
Te amo infinitamente e obrigada por ter me escolhido, SOFIA.'
Afinal de contas, todo mundo tem uma vizinha, uma amiga...


Uma nova vida começa. 


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Festa de 1 ano - parte 1

O tempo voa e isso está mais do que provado para mim, afinal de contas, quando a Sofia completa mais um mês de vida fico boquiaberta, pois parece que foi ONTEM que dei entrada na Perinatal.
Esse post é especial, mamãe vai falar sobre o tema escolhido para comemorármos 1 ano da sua existência, Sofia!
Então vamos lá...

Desde a gravidez, a Vovó Gê dizia que o primeiro aninho de vida de uma criança deveria ser do Circo, pois trazia alegria pro resto da vida (rs) - uma breve pausa: A minha festinha foi ' A Branca de Neve e os 7 anões ' e da Ingrid, foi ' Piu-piu' ou seja, obrigada mãe! Continuando...O tema não me agradou de cara, mas com o tempo fui acostumando com a idéia, observando as cores, a magia que envolve o circo, a dança, a música, enfim, comecei a simpatizar com a possível idéia de fazer sobre esse tema.
O Dindo mora em um prédio que tem um salão de festas maravilhoso, inclusive onde foi o Chá de Fraldas, lá dispõe de um salão interno com ar condicionado, o que é super válido pois a Sofia nasceu em pleno verão do Rio da Janeiro, além de um espaço externo lindo, com churrasqueira, parquinho...tudo de bom para festinhas!
Daí comecei a idealizar o tema nesse espaço, pensei que por ser verão, caíria super bem um sorveteiro, por ser do circo, fechar um pipoqueiro, colocar carrocinhas, tudo a fim de evitar que nós tivéssemos que servir os convidados. Imaginei uma tenda bem colorida feita de TNT, compondo a mesa do bolo, os doces super coloridos, imaginei a Sofia de bailarina...
Antes de continuar falando do tema - Festa de 1 ano nem sempre a criança curte, entende que aquele dia aquelas pessoas estão ali por ela, festejando, querendo pegar, tirar foto, enfim, é um dia de comemoração para a família e amigos PRÓXIMOS, ou seja, farei algo SUPER restrito, quero convidar realmente aqueles que de alguma forma estiveram perto de mim, dela, nos dando apoio e carinho, afinal, não foram e não são poucas às vezes que precisamos disso.
Voltando ao circo...Um dia estava aqui pela internet, fofocando, passeando, e lembrei da Colombina, do Pierrot, só que para mim era uma história trágica de amor rs, eu achava que a Colombina matava o Pierrot, ou algo parecido rs, e logo desisti dessa idéia, apesar de simpatizar totalmente com essa magia do carnaval, das máscaras, do ballet, enfim...continuando meu passeio virtual por vários dias, vi que algumas mamães estavam optando por temas alternativos e eu, Juliana, também prefiro, não gosto muito desses temas batidos, prefiro deixar essa preferência para os anos seguintes.
Foi aí que com a Vovó, relembrei a história do Pierrot e da Colombina, sentamos juntas aqui no computador e pesquisamos, simplesmente AMEI - em um só tema consegui reunir tudo o que me encanta: magia, cor, música, dança, fábula, amor, amizade, humor. A linda história de Pierrot, Colombina e Arlequim é baseada em tudo isso! Envolve o ballet, o teatro, as máscaras e ainda contém aquela magia do circo, do carnaval, das marchinhas.
Então, está decidido:
A História de Pierrot, Colombina e Arlequim.
''...a história surge no século XVI, na Itália...Pierrot, eterno apaixonado por Colombina, moça simples, empregada, apaixonada por Arlequim, malandro, arteiro e travesso...''

E como transformar todo esse enredo em uma festa infantil? 
Vamos as idéias de mamãe aqui e da vovó!
  • Vamos permanecer com a idéia do pipoqueiro, de fechar um barrilzinho de sorvetes, de colocar o trenzinho de algodão doce, cachorro quente, de guloseimas e uma barraquinha de churros!
  • A idéia é lembrar uma peça de teatro, então a tenda que antes seria de circo, a mamãe teve a idéia de imitar aquelas antigas tendas de teatro de aerna.
  • O convite será um ingresso de peça de teatro, do tipo: Sofia convida:  A história de Pierrot, Colombina e Arlequim.
  • Mamãe tem uma amiga que é atriz de teatro, a idéia é pedir que ela leve 3 colegas que possam se vestir dos personagens e ficarem pela festa durante um tempo para os convidados tirarem fotos e receberem de lembrança depois.
  • Vovó deu a idéia de comprármos máscaras de gesso e irmos pintando com calma, para servir de lembrança aos adultos.
  • Vovó deu a idéia também de logo no início do salão, fazermos um bunner contando resumidamente a história dos personagens.
  • A idéia é tocar marchinhas e remontar um cenário bem alegre!
  • E é claro, não poderia faltar - Na hora do parabéns, a Sofia vestida de Colombina! A saia da Colombina é um pouco mais comprida que de uma bailarina, tem os pompons e os babados, como na foto!
  • Os doces serão servidos por baleiros, como nos antigos cinemas, uma caixa repleta de jujubas, delicados, pirulitos, presas por suspensórios.
Por enquanto é o que temos de idéias! Estou super animada e ansiosa! Quero fazer tudo, ter esse prazer e assim que estiver empregada, dar início às compras = ) Quero uma festa para no máximo 70 pessoas.
Acho que no futuro a Sofia ficará contente em relembrar o seu primeiro ano de vida, tudo feito com muito carinho, muito amor e um estilo de festa alternativo, bem a cara da mamãe!


Eu sou seresteiro
Poeta e cantor
O meu tempo inteiro
Só zombo do amor
Eu tenho um pandeiro

Só quero violão
Eu nado em dinheiro

Não tenho um tostão
Fui porta-estandarte
Não sei mais dançar
Eu, modéstia à parte
Nasci pra sambar
Eu sou tão menina
Meu tempo passou
Eu sou Colombina

Eu sou Pierrot

Chico Buarque

quinta-feira, 2 de junho de 2011

desabafos...

Eu já contei aqui em alguns vários posts que sou filha de pais separados e desde que pensei na vida como a maioria das menininhas, quando tivesse um filho, eu gostaria muito que fôsse diferente da minha história. Sem traumas, mas sem hipocresia também e muito menos sem clichês - de que é melhor os pais separados, do que juntos brigando. Não, filho gosta de ver pai e mãe juntos.
E aí entram todos aqueles sentimentos confusos, onde você mãe, mulher, dona das suas vontades, fica frente a uma situação onde mais uma vez você é o centro, você deve contornar, deve adaptar, tudo a favor do bem estar de uma suposta família que servirá de base, ou assim deveria ser, ao pequeno baby. E agora, como fazer?!
A nossa história aqui é um pouco diferente do que a gente anda vendo por aí. Diferente de muitas mamães que escolhem por opção fazer carreira solo, no nosso caso, foi uma história curta, intensa, cheia de bafafás que até hoje não compreendo e até hoje sou pressionada para enxergar da maneira que as pessoas querem que eu veja. Isso causa uma tremenda confusão na minha cabeça, será que estou completamente cega? Será que fui e estou sendo capaz de idealizar alguém que não existe? Alguém que encena diariamente, tanto para as coisas boas, como para as coisas ruins?
Sofia vai fazer 5 meses já, em 16 dias ela completa 5 meses de vida. O que mudou nesse tempo? Bastante coisa, mudou mais pessoas do que coisas na realidade. Eu mudei completamente e em todos os sentidos. Os meus pensamentos que variam de acordo com a maré. Na rua sou muito elogiada pelas pessoas, sempre recebendo elogios que a Sofia é bem cuidada, que eu tenho sido uma mãezona, já em casa, as críticas acontecem mais, acho até que entendo, pois é o dia-a-dia, é mais fácil observar o que se faz de errado, aliás, o que se faz da maneira que quer e não como as pessoas querem que você faça.
Me sinto mais mãe da Sofia quando estamos só nós duas, ou quando estamos nós três, me sinto mais próxima a ela, é como se eu pudesse fazer o que quisesse que estaria tudo bem, afinal, eu sou a mãe dela, eu de alguma forma, tenho poderes sobrenaturais rs, instinto para saber se ela deve ou não sair de casa de calça ou vestidinho, se deve mamar novamente mesmo tendo mamando há 20 minutos, se ela está com olhinhos de sono, ou exausta de tantas informações que a rua oferece.
Ainda me encontro em meio ao olho do furacão, aqui em casa é tudo muito '' quente que eu tô fervendo '', é uma gritaria sem fim, é um amor desmedido, vontade de ver feliz o outro, é uma falta de limites tremenda, é uma mistueba, dias eu amo viver aqui, dias eu quero sair correndo e não voltar mais! Mas vamos e convenhamos, chega uma hora que a necessidade de ser você bate, assim, de você ser o SEU CENTRO, o centro da SUA família, ainda mais quando se tem filhos!
Quando páro e penso em tudo que estamos vivendo é que vejo o quanto aos poucos vamos superando diversos degraus, é um passo-a-passo que não dá pra pular etapas. Ontem mesmo fui ajeitar meu megahair que estava me deixando careca e tinha uma moça muito simpática, com 50 anos, a filha com 18 e nós duas conversando de igual pra igual, eu com a metade da idade dela, ela com o dobro de experiência da minha e o papo fluíu tão bom, ela me disse coisas tão bonitas que me senti bem de ver que não estou tão cega assim, que o fato de ter o desejo que tudo corra da melhor forma possível, é bom, sem me anular é claro, mas será proveitoso a Sofia, afinal de contas, como eu disse lá em cima, a nossa história não é uma história de carreira solo de mãe, a Sofia tem pai - o que é super questionado pela minha família e certas coisas eu juro que compreendo, mas eu juro também que me machucam demais.
Vira e mexe são xingamentos quanto a ele aqui em casa, são conflitos, situações desagradáveis, cobranças excessivas que fazem a minha cabeça ficar perdida, completamente perdida. Eu tenho todo o direito do mundo de querer fazer as coisas da melhor maneira, pelo menos o melhor no meu conceito, eu sou um ser que penso, que posso responder pelos os meus atos. Tenho receio? Claro que tenho! O Vitor apresentou um comportamento estranho em diversas situações, de vez enquando, me vêm com umas idéias completamente diferentes da minha, uma Juliana que NÃO existe e NÃO vai existir, mas tem o outro lado e esse OUTRO LADO, só EU posso dizer, pois só EU é quem vive esse outro lado.
Eu ouço 24 hrs por dia o seguinte: Liberta a Sofia disso tudo. Liberta você disso tudo. Ah, a Juliana não seria tão idiota de fazer isso! Ah, nós conhecemos bem a Juliana, isso ela não faria. Como eu estou aguentando toda essa barra, não sei. Eu peço sabedoria e paciência a Deus a todo momento. Eu sou capaz de entender preocupação, medo, saudade, mas tudo isso me deixa neurótica, encucada, surtada, porque quando eu me vejo frente a ele, ficam um trilhão de pulgas, carrapatos atrás da minha orelha e fico completamente PERDIDA, sem saber a quem ouvir, em quem e no que acreditar.
Acho que já era tempo de largarem do meu pé, do meu braço, da minha perna, enfim, tempo de párar de me ofender diariamente por coisas tão pequenas, tão banais e isso serve a ele também, é o meu trabalho diário fazer com que ele páre também de me machucar com coisas tão idiotas perto da grandeza que é ter a Sofia, que é ele ter ganhado dois presentes maravilhosos.
É tempo de deixarem a minha cabeça em paz. O meu corpo sente tudo isso! A minha mente reclama também, é tempo de controlar o famoso ''ga'', o ego, o EU, é tempo das pessoas párarem de tantos julgamentos, de tanto apego em controlar a vida alheia, mesmo se tratando de filhos e isso são exercícios diários que devem se basear em muito amor, carinho e compreensão. Da maneira que as coisas são conduzidas MUITAS vezes, só me afasta cada vez mais e como eu ouço bastante - não se trata de desculpa para tomar decisões da minha vida e sim, cansaço, cansaço e vontade de viver uma vida tranquila, poder viver em paz por mais de uma semana, tanto cá, como lá.
Imagina aquele momento que você acaba de acordar, aliás, de ser acordada, o teu bebê tá naquela hora do chorinhom, da birra, da manha, e a sua mãe cantando super alto, é um direito, é claro, e você fecha a porta não como afronta e sim, por não querer ouvir aquela gritaria desafinada ainda mais com o teu bebê chorando no teu colo e você ouve ABSURDOS por isso?
É sem sentido! É totalmente sem sentido o tamanho das ofensas e sempre ao pai da Sofia, SEMPRE. Conseguem entender a minha dor? Será que quando ela tiver 2 aninhos, ela vai ouvir as mesmas coisas e vai deixar passar batido? Será que eu vou ainda estar com a mesma disposição para segurar tudo isso? Afinal de contas, seremos pais dela ETERNAMENTE, juntos, separados, vivos, ou em outras escalas espiriturais, nosso elo é para sempre, é eterno, é de Deus e de todos os nossos antepassados que colaboraram para que o nascimento dela acontecesse.
A Sofia só tem 4 meses, só. Tem apenas 4 meses que sou mãe, que ele é pai, que estamos tentando cada um do seu modo, entender tudo isso. Não acho que as ofensas sejam a melhor maneira de conduzir as coisas, temo muito por isso no futuro, de verdade. Temo por estar tão perdida, com a cabeça tão mexida, por influências fortes na minha vida, ambas as partes são pessoas eternas para mim.
Essa tempestade há de passar. Assim espero e assim há de ser.