segunda-feira, 28 de março de 2011

O que todas sentem, mas nem todas assumem.

'será que é normal às vezes sentir uma certa irritabilidade e impaciência até mesmo com o bebê? cara, não tenho tempo pra mais nada! meu cabelo preso de maria o tempo todo, unha por fazer, depilação sempre fica para depois. será que é normal às vezes querer sumir por um dia, sentar e chorar por horas seguidas? sentir saudades do corpo, de roupas, de futilidades que compõe a vida de uma mulher?'

Foi mais ou menos essa o sms que mandei por volta das onze e pouca da noite de domingo para uma amiga que teve filho aos 18 anos de idade. E ela curiosamente, usou um verbo que me fez pensar bastante - ASSUMIR. Ela me aliviou, dizendo que é super normal, mas quem nem todas assumem sentir isso.
Pois é. Por alguns momentos me senti anormal por olhar a Sofia mamando por mais de 40 minutos e eu ter me sentido impaciente, com dor na coluna, braço dormente e ela querendo cada vez mais leite, leite e leite. Por um segundo me senti a pior mãe do mundo por estar tendo esse tipo de sentimento, me senti também a pior mulher do mundo infeliz com o cabelo, que não sabe o que é ficar liso há séculos, que está curto, sem jeito, por ter roído as minhas unhas até elas gritarem pedindo para que eu parasse.
Realmente, a maternidade é uma VIAGEM. É um misto de sentimentos tão profundos, que você mal consegue decifrar o que realmente está sentindo. Não tenho a menor vontade de sair de casa, me sinto abatida, as roupas não se ajustam mais como antes, e ainda tenho que andar sempre com um sutien bege enorme aparecendo e bota o peito pra fora e guarda peito, cheiro de leite o tempo inteiro, vaza aqui, vaza lá, chora aqui, chora de lá.
Essa amiga disse também que no final das contas, o saldo era positivo e é claro que comprovo isso diariamente com os sorrisos desdentados da Sofia, ao admirá-la em meu colo e já conseguir sentir saudade desse tempo em que ela cabia nele, sentir também um certo medo de quando ela deixar de caber.
É de apertar o coração essa mistura de sentimentos. Um ser que depende única e exclusivamente de você 25 hrs ao dia, que precisa do seu carinho, da sua boa vontade, do seu bom humor, da sua disposição, do seu amor, do seu cuidado e nem sempre você apesar de mãe, mas SER HUMANO, está disposta a dar tanta disposição, atenção, por simples cansaço, ou por uma exaustão mental absurda.
A Sofia sem dúvidas me transformou, não tenho mais dúvidas que daria a minha vida por alguém, que morreria da forma mais cruel para que ela vivesse, que faria o impossível para vê-la feliz, sorridente sem dente, mas que ainda assim, consigo sentir um pouco de saudade de ser só eu, só a Juliana que tinha tempo, vontade e disposição para se amar, se sentir bem, atraente, feliz consigo mesma.
Que coragem assumir todos esses sentimentos, que coragem está descrevendo-os aqui. Quero que um dia ela possa ler e saber que quando for mãe, todos esses sentimentos são normais e que ela não será a única a sentir, que a sua mãe já os sentiu antes e de alguma forma sofreu por ter sentido, mas sofreu também por estar sentindo isso por ela mesma, pela mulher, pela menina, pela Juliana e não pela mãe da Sofia.
Às vezes sinto muito medo de ficar depressiva, tenho pavor de doenças que afetam a mente, acho que são as mais difíceis de controlar e nesses últimos anos, tenho recebido uma pancada atrás da outra. Tem dias que acho que não vou aguentar, mas lembro que já passei dias piores, tem dias que acho que amo o mundo inteiro, em outros quero simplesmente esquecer que certas pessoas existem e sumir do mapa. Tem dias que espero compreensão, compaixão e até recebo, mas em outros, recebo cobranças, alfinetadas e no fim das contas, percebo que é isso que me faz crescer e ter forças para seguir a diante.
Li em um post da Val, queridaluisa.blogspot.com, dizendo que a Lú, a satisfaz muito mais hoje com 6 meses de vida, do que quando nasceu, que hoje ela a ama muito mais - ela ASSUMIU e usou uma expressão que faz todo sentido - dizendo que enquanto os nossos bebês recém nascidos, ficavam apenas lá, sendo lindos, nós nos recuperávamos do caminhão que nos atropelou nos últimos meses.'
Realmente, créditos a minha querida Val - um caminhão daqueles ENORMES nos atropela e atropela FEIO. (editei esse post por motivos de força maior rs - preciso privatizar URGENTE) 
E dizem que a felicidade está dentro de nós...
Por tudo isso, que muitas de nós sentimos, mas poucas tem coragem de assumir, eu entendo...eu juro que entendo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Estou passando uma fase complicada, ao mesmo tempo que morro de vontade de postar e contar tudo, sinto que as idéias estão completamente confusas para saírem da cabeça e se tornarem um post.
Em breve quero muito ajeitar meu cantinho.

quarta-feira, 23 de março de 2011

post curtinho!

Sinto muita saudade desse meu cantinho, mas o tempo está MUITO apertado!Logo venho ajeitar o mamaefalademais, com fotos e todas as novidades dos últimos tempos!
Saudades de todas as mamães blogueiras queridas.
Beijos, mamãe Jú.